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Simango no Conselho de Estado por "mérito próprio"


Daviz Simango
Daviz Simango

O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, quer influenciar a “democracia real” e quebrar “a bipolarização” de tomada de decisões no país, com a sua entrada para o Conselho de Estado.

Simango defende que a sua indicação para o órgão pelo Presidente da Republica, Filipe Nyusi, “é por mérito e não favor político”.

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“É preciso compreender que nós, no Conselho do Estado podemos influenciar, podemos mudar o rumo democrático que o país tende a levar, que é a bipolarização, que é a exclusão via armas," disse Simango.

Ele sublinhou que "se não tens armas, não ditas as regras do jogo, tanto que estamos seguros que a nossa presença nos órgãos de decisão vai influenciar que a democracia seja construída de uma forma real e de verdade, num estado civilizado”.

Simango garante que, apesar da sua indicação, o partido vai continuar a lutar para a entrada de António Frangoulis naquele órgão. Frangoulis, ex-militante da Frelimo e ex-director da Polícia de Investigação Criminal, é deputado da Assembleia da República pelo MDM.

No entanto, ele considera que a participação no órgão é um passo para ter voz no fórum de decisões. Aliás, segundo ele, o partido tem manifestado preocupação quanto a sua participação na vida activa do país, para trazer soluções ao problema da paz, instabilidade e desenvolvimento socioeconómico

Contudo, prossegue, “não é a inclusão de Daviz Simango (no Conselho de Estado) que significa que estamos num processo de inclusão. O processo de inclusão é muito mais que isso - é garantir que os nossos concidadãos estejam inclusos na parte económica, política e social. Há muito que fazer."

"Ir buscar uma figura que tem mérito próprio, não significa que estamos neste processo (...), mas é uma decisão sábia do Presidente da República, porque "promove aquilo que seria a cultura e o respeito do mosaico político que o país tem”, aclarou.

A indicação de Simango não agradou a Renamo, maior partido da oposição, com o argumento de que o MDM não tem representatividade parlamente que justifique.

Sobre isso, Simango comenta: “Nós compreendemos que a Renamo quer continuar a construir-se como a voz única da oposição moçambicana, portanto esse é o problema que a Renamo tem de ciúmes; é um procedimento antidemocrático e exclusivo”.

Além de Simango, o Presidente Filipe Nyusi, indicou para o Conselho do Estado o antigo primeiro-ministro e actual membro da Comissão Politica da Frelimo, Alberto Vaquina, e reconduziu Graça Machel e Alberto Chipande.

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