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Populares mataram polícia no interior de Malanje, revelou CASA CE


Soba Bernardo Kuika (Sautar) (esquerda) e secretário executivo da CASA CE Carlos Lucas
Soba Bernardo Kuika (Sautar) (esquerda) e secretário executivo da CASA CE Carlos Lucas

Várias pessoas foram presas e mulher ferida a tiro na cabeça durante confrontos.

Uma disputa sobre o fornecimento de água levou á morte de um polícia, uma mulher atingida a tiro e em estado grave e várias prisões em Sautar na província angolana de Malanje.

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O incidente oocorreu há duas semanas mas só foi revelado agora pelo secretário-executivo provincial da Casa-CE Carlos Xavier Luís Lucas que visitou nos últimos dias os municípios de Luquembo e Quirima, com relevância para a comuna de Sautar, a sudeste de Malanje onde falta quase tudo.

Nessa comuna, a mais de 300 quilómetros de Malanje, além da inexistência do registo do nascimento, professores, enfermeiros e outros bens indispensáveis à sobrevivência, a ausência de água para o consumo originou a contenda que terminou na morte de um agente da polícia e a detenção de sete cidadãos.

Lucas disse que o confronto “deveu-se, fundamentalmente à questão da água”.

A cidadã Imaculada António, internada na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Geral de Malanje, foi ferida no crânio por uma bala disparada pelo agente policial morto por indivíduos da comunidade de Sautar e o seu estado é considerado grave.

O secretário-executivo da Casa-CE culpou o incidente na “inoperância do executivo”.

“Se tivéssemos um executivo operante, comprometido com a realização do cidadão, com a prossecução do interesse público, certamente este infausto acontecimento que assolou o Quirima não teria acontecido”, disse.

Para o político foi “simplesmente a falta da água para abastecer o posto policial” e uma falha contratual com uma cidadã que se prontificou a fornecer a água que levou ao confronto.

Desconhecem-se outros pormenores do incidente.

O secretário da coligação disse que os habitantes das sedes e comunas por ele visitados enfrentam várias dificuldades que vão desde a falta de água canalizada, alimentos, escolas, assistência médica e medicamentosa, energia eléctrica ao registo de nascimento.

Carlos Xavier Luís Lucas considerou igualmente negativo o estado em que se encontra a estrada que liga o município de Caculama ao município do Luquembo.

Os estaleiros contratados para a asfaltagem das estradas estão abandonados.

Segundo aquele político da oposição, muitas instituições públicas nos municípios de Luquembo e Quirima funcionam a meio gás porque não há instituições bancárias, nem comida para o sustento mensal. "Viagem à capital é a solução", conclui.

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