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Obama saúda "acordo histórico" com o Irão, mas diz estar vigilante


Barack Obama
Barack Obama

Acordo de entendimento anunciado hoje na Suíça permite suspensão de sanções se o Irão respeitar as exigências internacionais.

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saudou hoje, 2, o acordo de princípio classificado por ele de "histórico", sobre o programa nuclear iraniano que permitirá alguma normalização das relações entre aquele país e a comunidade internacional.

"Se o Irão violar o acordo, podemos voltar ao que tínhamos antes", disse Obama, alertando que as negociações serão concluídas definitivamente apenas em Junho. Até lá Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Rússia, China, União Europeia e Irão elaborar o texto definitivo para referendar o acordo.

Obama disse estar confiante de que o acordo "pode ser importante para a segurança dos EUA, dos nossos aliados e do Irão". Ele também prometeu "verificações sem precedentes" de instalações nucleares no Irão”, ao dizer que “estaremos a vigiar".

O anúncio foi feito meia hora antes pela a representante da União Europeia para a Política Externa, Federica Mogherini e o chefe da diplomacia iraniana Mohammad

Sec Estado EUA State John Kerry, à esquerda, e ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão Javad Zarif. Abril 2, 2015.
Sec Estado EUA State John Kerry, à esquerda, e ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão Javad Zarif. Abril 2, 2015.

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Segundo o entendimento, mais de dois terços da capacidade de enriquecimento de urânio será anulada e monitorizada durante 10 anos e durante 15 anos o Irão não poderá enriquecer o urânio ou desenvolver qualquer actividade nesse sentido.

Os Estados Unidos e a União Europeia concordaram em suspender as sanções directamente ligadas à actividade nuclear depois dos observadores da Agência Internacional para a Energia Atómica (AIEA) verificarem o cumprimento de todos os passos aceites pelo Irão para reduzir a sua actividade nuclear.

O Irão possui actualmente 19 mil centrifugadoras de enriquecimento de urânio. Após a assinatura do acordo, este país compromete-se a diluir ou exportar a maioria das suas atuais reservas. O entendimento vai prolongar-se por 10 anos e prevê que Teerão mantenha 6.000 das atuais 19.000 centrifugadoras de urânio, uma redução de cerca de dois terços.

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