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Namibe: Incêndio no Dia de Natal deixa família desalojada


Casa destruída no incêndio do Dia de Natal (VOA/Armando Chicoca)
Casa destruída no incêndio do Dia de Natal (VOA/Armando Chicoca)

No bairro dos Cubanos, nas famosas casas descartáveis, 15 membros da mesma família ficaram ao relento

Em consequência de um incêndio, por curto-circuito, em vésperas de Natal, no bairro dos Cubanos, nas famosas casas descartáveis, construção da era da governação de Boavida Neto, 15 membros da mesma família ficaram ao relento desde de as 18 horas do dia 24 de Dezembro.

O incêndio cedeu numa altura em que o proprietário da residência, Manuel Sandele, Chefe de Planificação e controlo da Delegação do Ministério do Interior, encontrava-se em prevenção, naquele órgão do estado, na actividade de asseguramento da festa natalícia.

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A esposa, filhos e outros familiares, foram apanhados de surpresa por um curto-circuito, causando pânico até aos vizinhos, que também ficaram de mãos atadas para prestar qualquer socorro, tendo em conta a velocidade linear da propagação do incêndio, facilitada pelo material empregue na construção de tais residências, pré-fabricadas, revestidas de esferovite entre as duas chapas.

Leucasia Sandele, uma das filhas, da casa sinistrada, disse a VOA, que perdeu-se todos os bens, incluindo material escolar, comida, a família está neste momento de mãos atadas e constrangida.

“Ficamos sem nada, comida, roupas, livros, cadernos e outros utensílios e bens, todos ficaram queimados pelo fogo, resultante do curto-circuito. O sinistro deu-se quando o meu pai que trabalha no ministério do interior se encontrava de prevenção em defesa da manutenção da ordem e tranquilidade publica da população”, esclareceu a jovem estudante do ensino do II Ciclo.

Pede, por isso, apoios a sensibilidade das autoridades governamentais da Província e não só, para ajudar aliviar o sofrimento desta família, reduzida a zero em plena festa natalícia de Jesus Cristo.

“Não temos lugar para morar, ontem dormimos na casa de uma vizinha e hoje não sei qual será a nossa sorte, peço que o governo ajude o meu pai, para o mais urgente possível podermos recuperar a moral constrangida por este incidente inesperado”, lamentou a filha da casa sinistrada.

Esta é a segunda casa destruída por incêndio, através do curto-circuito, todas, no bairro das famosas casas descartáveis, construídas na era da governação de Boavida Neto, destruída por incêndio, resultante do curto-circuito.

Até hoje, desconhece-se igualmente o custo das respectivas casas, desembolsado pelo governo da província do Namibe, na era do governador Boavida Neto, no quadro dos investimentos públicos.

Ainda naquela era, a sociedade civil bateu-se, reprovando o tipo e qualidade de casas, numa província em que não se fazia presentes construções de emergência, que se justificasse a construção de casas descartáveis, mais a vontade do governador, gestor principal, motivado por razões até hoje inconfessáveis foi mais alta.

A casa ora engolida pelo fogo, inicialmente, tinha sido distribuída ao 2º Comandante Provincial do Namibe da polícia Nacional, subcomissário Paulino Samuel, mas a sociedade civil bateu-se, dizendo que o governo do Namibe não estava a dignificar os quadros, ao conceder uma casa de esferovite ao segundo comandante da corporação.
Manuel Sandele, Chefe de Planificação e controlo da Delegação do Ministério do interior, vindo transferido da Huíla, passou assim a ser o segundo inquilino, mas segundo fontes no seio da família, já havia vozes de discórdia quanto a qualidade e insegurança da casa, fruto dos meios utilizados na sua construção, considerados propensos a combustão.

Os bombeiros, segundo o comandante dos serviços de protecção civil e bombeiro José Catraio, tudo fizeram, mas, o material utilizado na construção destas residências dificultou que a corporação retirasse alguns bens no interior da casa.

A velocidade linear da combustão foi mais rápida, mas ainda assim conseguiu-se extinguir o incêndio e devolver acalmia as residências vizinhas.

Sinistros a volta das obras descartáveis, construídas na era do governador Álvaro Manuel de Boavida Neto, somam e seguem, causando constrangimentos no seio da população beneficiaria destes bens e não só.
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