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Muçulmanos elogiam visita de Obama a mesquita americana


Obama e muçulmanos americanos, Baltimore, Fevereiro, 2016
Obama e muçulmanos americanos, Baltimore, Fevereiro, 2016

“Esta visita para mim não é surpresa nenhuma, porque, pelo que eu sei, o presidente Obama nunca foi contra a religião islâmica,” diz o Sheik Cassimo David, de Moçambique.

O ataque a uma fé religiosa equivale ao ataque a todas, disse Barack Obama, na sua primeira visita a mesquita americana como Presidente dos Estados Unidos, ontem, em Baltimore, em Maryland.

O Presidente Obama apresentou uma mensagem simples: “Somos todos uma família americana e quando uma parte da nossa família começa a sentir-se separada ou de segunda classe, o tecido social da nossa nação é atingido”.

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Obama disse aos membros da Sociedade Islâmica de Baltimore que está preocupado com hostilização dos muçulmanos, em particular depois dos ataques terroristas de Paris e São Bernardino.

"Muitas vezes, as pessoas confundem os actos horríveis ou o terrorismo com as crenças de uma fé inteira. E, claro, recentemente ouvimos a retórica política imperdoável contra os muçulmanos americanos ".

A visita ganha elogios.

Ahmed Rana, americano de origem paquistanesa, e sua esposa dizem que lhes agrada o facto de Obama e a candidata democrata Hillary Clinton falarem abertamente contra a descriminação dos muçulmanos.

"Nós votamos nele. Ele foi reeleito, e a Hillary Clinton mostra sinais que para nós muçulmanos representa apoio, que ela tem mais consideração pelos muçulmanos. E penso que a maioria de muçulmanos irá apoiá-la.”

Presidente Obama faz primeira visita a uma mesquita americana
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Em Moçambique, o Sheik Cassimo David reagiu positivamente à visita de Obama.

“Esta visita para mim não é surpresa nenhuma, porque, pelo que eu sei, o presidente Obama nunca foi contra a religião islâmica. Mostrou que ele sabe destrinçar entre a doutrina e acção do individuo - entre o islão e o muçulmano. Em qualquer religião temos pessoas boas e pessoas más,” diz David.

Dos 25 milhões de moçambicanos, pelo menos cinco milhões professam o islão, religião que tem sido associada a actos de violência e terrorismo.

Sobre isso, o respeitado religioso da Mafalala, bairro de Maputo com uma larga comunidade muçulmana, diz que é importante defender os valores da sua fé.

Como tal, diz, “a melhor política é varrermos a nossa casa, consciencializar os nossos crentes para terem atitudes que lhes dignificam como pessoas e a religião que professam (…) temos incentivado as pessoas a praticar boas acções.”

O pré-candidato presidencial republicano Donald Trump chegou a propor o banimento temporário da entrada de novos imigrantes muçulmanos nos Estados Unidos e a criação de um banco de dados de muçulmanos. Outros candidatos republicanos rejeitaram a ideia.

Em Baltimore, Obama falou sobre os esforços do governo para trabalhar com os líderes muçulmanos americanos para combater as tentativas de grupos extremistas de radicalizar os membros da comunidade muçulmana nos Estados Unidos.

"Este pensamento distorcido que encontrou seguidores em todo o mundo, de forma trágica em Boston, Chattanooga e São Bernardino, é real. Agora todos nós temos a tarefa de expressar a nossa fé religiosa de para procurar construir pontes e não dividir. "

A visita do presidente agradou também o reformado veternário Anwar Chaudry.

"O seu discurso foi muito encorajador. Devemos ajudar os outros e eles devem nos ajudar…para termos um país forte.

Obama pediu aos Americanos para continuarem fiéis a valores como liberdade de religião e falarem abertamente sobre a tolerância e respeito.

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