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Moody´s alerta para perigo do aumento dívida pública angolana


Agência de cotação financeira reduz para 4,1 por cento previsão de crescimento de 2015

A agência de notação financeira Moody's reviu nesta quinta-feira, 27, em baixa a previsão de crescimento de Angola para 4,1 por cento este ano e 4,7 por cento em 2016.

A mesma fonte revela que haverá um défice de 3 por cento e um aumento do peso da dívida.

Numa análise feita à economia angolana, a Moody's mostra-se também preocupada com o peso que a dívida pública do país pode ter nas finanças públicas, principalmente se os empréstimos e as emissões de dívida continuarem para compensar a redução do preço do petróleo, que diminuiu fortemente as receitas do país.

Em 2014, a dívida pública era de 32 por cento do PIB, considerada na altura de “controlada” pelo Governo de Luanda, mas que pode ter disparado nos últimos meses.

O aviso acontece mesmo depois de o Executivo ter cortado radicalmente o seu orçamento para este ano porque, segundo a Moody´s, Luanda poderá muitas dificuldades para manter a disciplina orçamental.

Entre os outros riscos identificados por aquela agência de notação financeira citados pela analista Rita Babihuga, estão a "capacidade institucional muito limitada, o grau de incerteza à volta da sucessão política e a continuidade da política económica dadas as eleições presidenciais marcadas para 2017, o elevado nível de crédito mal parado no sistema bancário e uma taxa alta, embora em queda, de dolarização da economia".

Entretanto, ainda segundo Babihuga, o aumento da produção de petróleo e um orçamento conservador permitiram ao país gerar uma tendência histórica de excedentes orçamentais e lançar-se num aumento substancial de despesa pública para diversificar a economia para além da extracção de recursos naturais".

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