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Moçambique regista ligeira queda no Índice Ibrahim


“Há crianças que ainda estudam ao relento ou em escolas sem casas de banho,” comenta Adelson Rafael, académico moçambicano.

Moçambique subiu um lugar - o 21º lugar - no Índice Ibrahim de Governação Africana 2015, mas na avaliação geral desceu 0,2 pontos, passando a ter 52,3 pontos numa escala de 100.

O estudo indica que Moçambique foi prejudicado pelo mau desempenho nas categorias de segurança e Estado de Direito e oportunidades económicas sustentáveis.

A subcategoria de educação é uma das que registaram recuos, segundo o Índice.

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Mas o moçambicano Adelson Rafael, professor universitário e especialista em boa governação, tendo em conta a expansão da rede escolar, prefere dizer que houve estagnação, “porque os avanços não conseguem retirar da nossa retina o quanto degradado está o sistema de educação em Moçambique.

Rafael recorda que a educação debate-se com desafios relativos à “baixa taxa de continuidade”, que é influenciada por factores como o “casamentos prematuros e ambiente pouco convidativo para a permanência das crianças na escola”.

“Há crianças que ainda estudam ao relento ou em escolas sem casas de banho, bibliotecas ou laboratórios,” disse Rafael, que defende mais investimento, incluindo a necessidade ter em conta as crianças com necessidades especiais.

No índice em referência, Moçambique registou dados positivos nas categorias de participação, direitos humanos e desenvolvimento humano, graças à melhorias nas subcategorias de Direitos Cívicos, Igualdade de Género, Administração Pública e Saúde.

Com uma avaliação superior à média geral de 50,1 pontos, o país está ainda abaixo da média regional da África Austral, que é de 58,9 pontos. Entre os países de expressão portuguesa é o terceiro melhor classificado abaixo de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

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