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Moçambique perde terreno na defesa da fauna bravia


Medidas do Governo infrutíferas.

As medidas tomadas pelo Governo moçambicano para a proteção da fauna bravia não estão a surtir efeito.

O rinoceronte preto já está extinto e dos 20 mil elefantes que existiam há cinco anos, só restam cerca de cinco mil.

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No Dia Mundial da Fauna Bravia, 3 de Março, ambientalistas descrevem como dramática a situação em Moçambique e caracterizada por falta de um controlo muito forte na exploração de recursos faunísticos.

A caça furtiva continua a dizimar a fauna um pouco por todo o país e, em algumas espécies, os efectivos foram pura e simplesmente eliminados, enquanto noutras estão a baixar drasticamente.

O biólogo Carlos Bento diz que praticamente o rinoceronte preto está extinto.

Em relação ao rinoceronte branco, acredita que também está extinto porque há uma pequena faixa da área em que já não aparece.

Mas, de acordo com aquele biólogo, é mais provável que sejam efectivos que vêm do Krueger Park, que passam para o lado de Moçambique e depois voltam à procedência.

"E mesmo assim, quando os furtivos se apercebem disso vão para lá e atacam", explica.

Bento afirmou ainda que, duma maneira geral, o elefante também está em risco, indicando que há cinco anos Moçambique tinha 20 mil elefantes e agora tem cerca de cinco mil, "e se calhar quatro mil porque a matança de elefantes é diária e muito intensa".

Refira-se que o Governo moçambicano criou já a Polícia de Protecção de Recursos Naturais e Ambiente, que conta com um efecivo significativo mas o país continua a perder a sua fauna.

Bento defende a necessidade de se melhorar alguns aspectos relacionados com o funcionamento dessa força policial, sobretudo no que diz respeito ao seu treinamento.

"Temos que ver se o treinamento que se deu à polícia de protecção de recursos naturais é efectiva ou não, porque, eu acho que esta tinha que ter um treinamento diferente do da polícia de proteção civil" destacou o biólogo.

Para além disso, diz, a polícia de protecção de recursos naturais e ambiente devia ter conhecimento de ecologia, a interação entre as espécies, pois, isso poderia motivar esta polícia a proteger com garra os nossos recursos faunísticos.

Carlos Bento defende ainda a integração daquela força policial no Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural e não no do Interior.

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