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Marchas e protestos invadem cidades americanas


Manifestantes podem mudança na polícia e no sistema policial

As cidades americanas continuam a ser palco de marchas todas as noites contra as recentes decisões da justiça de não indiciar policiais brancos que mataram afro-americanos em Ferguson e Nova Iorque.

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De protestos contra o racismo e a violência policial, esses actos tomaram um rumo diferente e colocam o dedo numa ferida ainda por cicatrizar numa sociedade tão dividida como a americana.

Manifestantes em New York bloquearam ontem, 8, à noite as ruas que dão acesso estádio onde jogavam Brooklin Nest e Cleveland Cavaliers para mais uma jornada da NBA.

Durante os protestos, todos diziam em coro "Eu não consigo respirar", a última frase proferida por Eric Garner, um homem de 43 anos que morreu em Julho estrangulado por um agente da polícia.

"Nós tentamos esse protesto através dos canais legais e os canais legais estão totalmente contra nós. Os canais legais são estabelecidos. O sistema está quebrado", disse Gilberto Rosa, um dos manifestantes.

No estádio, o melhor jogador de basquetebol do mundo LeBron James e outros jogadores usaram camisolas com os mesmos dizeres nos aquecimentos iniciais.

Em Berkeley, na Califórnia, manifestantes bloquearam por alguns instantes uma estrada importante e impediram as operações numa estação de metro.

Na noite anterior, as manifestações tinham sido violentas, janelas foram quebradas e lojas saqueadas, obrigando a polícia a utilizar gás lacrimogéneo.

Em entrevista à estação televisiva BET ontem à noite, o presidente Barack Obama disse que os negros não estão a exagerar quando falam do racismo porque está profundamente enraizado na sociedade norte-americana.

"Este país estará no seu melhor quando todo mundo for tratado de forma justa. Nós temos uma história e um legado de as pessoas não serem tratadas de forma justa nos diferentes estilos de vida. É particularmente importante que as pessoas se sintam que estão a ser tratadas de forma justa pela aplicação da lei e pela polícia, porque caso não for assim, as consequências podem ser trágicas”, considerou o presidente.

Na entrevista, Obama exortou os jovens a serem persistentes e a não desistirem de lutar pela introdução de mudanças no sistema de justiça criminal porque, segundo ele, o progresso é conseguido por etapas e de forma crescente”.
Os protestos irromperam em várias cidades americanas nas últimas semanas depois de dois jurados, em Ferguson e Nova Iorque, terem decidido não considerar culpados dois polícias que mataram Michael Brown e Eric Garner, ambos desarmados.

Outros casos têm aumentado a ira da população negra mas também de outros sectores americanos,

Em Cleveland, Ohio, um policia matou a tiros um menino negro de 12 anos de idade num parque enquanto acenava com uma pistola de brinquedo.

Em Brooklin, no mês passado, outro agente da polícia matou um homem negro nas escadas de um prédio de apartamentos.

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