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Madagascar realiza eleições presidenciais


Candidato presidencial Hery Rajaonarimpianina, à esquerda, cumprimenta o público com sua mulher, Lalau, à direita, durante seu comício na cidade de Antananarivo, Madagascar.
Candidato presidencial Hery Rajaonarimpianina, à esquerda, cumprimenta o público com sua mulher, Lalau, à direita, durante seu comício na cidade de Antananarivo, Madagascar.

Quatro anos após o golpe, Madagascar finalmente elegerá seu presidente nesta sexta-feira.

O povo de Madagascar tem esperado pela votação por quatro longos anos, desde que o jovem prefeito de Antananarivo depôs o antigo presidente e assumiu o poder. Quando Andry Rajoelina tomou o poder inicialmente, ele prometeu eleições dentro de 2 anos. Por discordâncias com os líderes regionais acerca dos termos da votação, isso não aconteceu.

As eleições foram adiadas por 3 vezes, apenas neste ano, devido à disputas sobre a lista dos candidatos. A mulher do ex-presidente Marc Ravalomanana aderiu à lista de candidatos, levando o Sr. Rajoelina a montar uma campanha apesar de sua promessa anterior de que ficaria de fora corrida eleitoral.

Mais tarde o Tribunal Eleitoral removeu ambos os candidatos, além do ex-presidente, da lista.

O sr. Rajoelina não declarou publicamente preferência por ninguém até agora, mas seu partido apoia dois candidatos. O ex-presidente também tem seu candidato preferido. O homen considerado favorito é Henry Martial Rakotoarimanana Rajaonarimpianina.

Stephane Mondon é o representante em Madagascar da missão eleitoral do Centro Carter. Ele afirma que o grupo de monitoramento internacional, fundado pelo ex-presidente americano Jimmy Carter, considera essa uma votação vital para o país.

“É muito importante para Madagascar porque será a primeira eleição desde o golpe de 2009. E há muitas mudanças afrente com instituições recentes, um novo comité eleitoral que formou-se justamente para essas eleições, e ainda alguns candidatos que não foram aceitos para essas votações. Está em jogo a estabilidade do país e o retorno à ordem constitucional”.

Mas ele diz que pode haver percalços na transição.

“Um dos maiores desafios, é claro, é o acesso às áreas remotas devido à topografia do país. Há ainda um grande número de candidatos presidenciais, 33, esse é um alto número para qualquer eleição presidencial. O contexto político é bastante desafiador em termos de candidatos que não foram autorizados à entrar na disputa e alguns deles estão usando candidatos fantoches, e isso será um desafio para essas eleições. Então o povo, os votantes, parecem estar prontos mas os políticos têm que aceitar o resultado da votação. Essa é um grande ponto de interrogação.”

Com tantos candidatos, eliminatórias podem ser necessárias se não houver um concorrente com mais de 50% dos votos. O segundo turno ocorrerá dia 20 de Dezembro, concomitante a eleições parlamentares.

O novo presidente terá muito trabalho pela frente. O golpe de 2009 lançou a nação em uma crise financeira. O desenvolvimento tem freado e grupos de auxílio afirmam que os 22 milhões de habitantes da nação têm sofrido enquanto a pobreza e a malnutrição crescem. O país também tem batalhado tempestades, falhas em colheitas, e o retorno da terrível peste bubónica.
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