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Justiça angolana acusada de favorecer a Chevron


Antigos trabalhadores que ganharam acções em tribunal dizem que a justiça não aplica as suas decisões arrastando os processos durante anos.

Antigos funcionários da multinacional americana Chevron acusam os tribunais angolanos de favorecerem aquela companhia petrolífera em processos judiciais.

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De acordo com alguns trabalhadores ouvidos pela VOA, a Chevron tem criado obstáculos na resolução célere dos processos judiciais.

Para os antigos trabalhadores é paradoxal a não execução de processos de penhora contra a Chevron, quando os próprios tribunais dão ganhos de causa aos empregados.

Domingos Pascoal foi despedido pela Chevron, no campo petrolífero de Cabinda e intentou uma acção judicial cujo recurso já leva mais de seis anos no tribunal supremo.

Ele disse não entender o por quê dos atrasos. “Não há solução, ninguém diz nada, às vezes um indíviduo fica a interrogar-se se há corrupção nesse processo ou não”, questiona Pascoal

Manuel Júlio também foi despedido inexplicavelmente pela Chevron. Ele diz que o tribunal de Cabinda mesmo com a decisão do Tribunal Supremo não consegue penhorar as instalações da Chevron em Cabinda como foi requerido pelo seu advogado.

Júlio afirmou também que um tribunal tinha decidido a seu favor em 2005 mas a Chevron recorrido da sentença. “Esse recurso também teve o seu despacho a meu favor e o tribunal provincial simplesmente ignora e eu não sei o que é que se passa”, lamentou.

“Não sei se há uma mão invisível da Chevron no tribunal”, concluiu aquele antigo trabalhador.

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