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Isabel dos Santos leva a melhor no BPI


Isabel dos Santos
Isabel dos Santos

Proposta de separação de activos do BPI em África foi chumbada

A empresária Isabel dos Santos, através da operadora Unitel, conseguiu esta sexta-feira travar a proposta de cisão dos negócios do BPI em Angola, o que representa mais um vitória no braço de ferro que mantém com a gestão e o maior accionista, o Caixabank, que detém 44% do banco.

Em comunicado, aquela instituição revelou que "não aprovou a cisão do Banco BPI, em virtude de não ter sido alcançada a maioria qualificada de dois terços dos votos emitidos da qual dependia a sua aprovação".

Desta forma os accionistas do BPI chumbaram a cisão dos activos em África numa nova sociedade, operação que visava responder às exigências do Banco Central Europeu (BCE) de redução da exposição do banco a Angola.

O projecto de cisão das operações em África foi apresentado no ano passado pela administração liderada por Fernando Ulrich.

A ideia era juntar as participações em Angola (50,1% do Banco de Fomento Angola) e em Moçambique (30% do Banco Comercial e de Investimentos e 100% do BPI Moçambique).

Em oposição, a operadora angolana Unitel - detida em 25% por Isabel dos Santos e que controla 49,9% do BFA - ofereceu 140 milhões de euros por 10% dos 50,1% do capital do banco angolano que estão nas mãos do BPI.

A actual limitação de direitos de voto, a 20 por cento, permitiu à filha do Presidente angolano travar mais uma estratégia do banco.

Entretanto, no final da Assembleia Geral, o presidente do BPI, Fernando Ulrich, disse que as negociações vão continuar com a accionista angolana.

O BPI tem até 10 de Abril para cumprir as determinações do BCE.

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