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Governo moçambicano procura parceiros para projectos há muito anunciados


Maputo
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Economistas avisam que esses projectos podem não ter impacto na vida das pessoas.

As autoridades moçambicanas estão à procura de novos parceiros para relançar alguns dos emblemáticos projectos bastante publicitados pelo Governo.

Entre esses projectos estão a fábrica de montagem de computadores Dzowo e de embalagens de vidro, em Maputo, mas os críticos dizem que estes tipos de investimentos não tem grande efeito na população.

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Após a desistência da companhia sul-africana, Sahara Computers, o Governo está em contacto com parceiros na Suécia, Brasil e Portugal, para desenvolver um projecto que previa a montagem de 48 computadores por dia.

Lançado há cerca de sete anos, o projecto para a montagem de computadores da marca Dzowo foi muito publicitado por se acreditar que o mesmo tinha potencial para aumentar o acesso dos cidadãos, sobretudo estudantes, às novas tecnologias de informação.

O computador seria vendido ao preço de 14 mil meticais, ligeiramente abaixo do praticado no mercado moçambicano, mas até ao momento não foi montado nenhum computador.

Um outro projecto bastante publicitado é o referente à produção de anti-retrovirais, numa parceria entre os governos de Moçambique e do Brasil.

Avaliada em cerca de 80,4 milhões de dólares, a fábrica já está operacional e tem capacidade para produzir 226 milhões de medicamentos anti-retrovirais e 145 milhões de outros produtos diversos.

O embaixador do Brasil em Maputo, Rodrigo Soares, diz que este projecto pode ser importante porque melhora o acesso de moçambicanos a anti-retrovirais, mas a agricultura é muito mais importante.

Bastante publicitada foi também a empresa Matchedje Motor, destinada à montagem de veículos automóveis.

Sandra Song, directora-geral, diz que a empresa já investiu mais de 20 milhões de dólares neste empreendimento.

Criada há cerca de três anos, a empresa já colocou no mercado moçambicano as suas primeiras viaturas, ligeiras e pesadas, a um preço relativamente baixo ao do mercado local.

Com uma capacidade de produção anual de 30 mil viaturas, que nos próximos dois anos deverá subir para 100 mil, a empresa pretende atingir as 500 mil unidades e entrar no mercado africano.

Entretanto, economista João Mosca diz que estes projectos não produzem um grande impacto na vida das pessoas.

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