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Governo moçambicano e multinacionais acusados de falta de transparência


Minas de Carvão em Tete
Minas de Carvão em Tete

Em causa, o afastamento do sector privado moçambicano

A Confederação das Actividades Económicas de Moçambique (CTA) acusa o Governo e as multinacionais da falta de transparência na gestão dos recursos naturais, o que impede as pequenas e médias empresas de participarem em projectos de exploração de hidrocarbonetos.

O presidente da CTA, Rogério Manuel, diz ser urgente estabelecer critérios transparentes de participação das pequenas e médias empresas, principalmente em projectos de exploração de gás natural.

Manuel afirma que apesar de Moçambique estar a preparar-se para a fase de produção de gás natural, na bacia do Rovuma, no norte do país, o sector privado ainda se sente marginalizado.

O referido projecto está a cargo da multinacional americana, Anadarko.

A CTA,diz não haver critérios definidos sobre a participação do sector privado neste projecto multimilionário.

De acordo com aquela associaçao, a divulgaçao da informação sobre o projecto e suas especificidades, não tem sido feita de forma ampla, "e isso cria um défice de informações para uma determinada classe empresarial".

Por seu lado, o Centro de Integridade Pública (CIP), uma instituição moçambicana de controlo da transparência e boa governação, considera legítimas as queixas do sector privado.

Para o CIP, as pequenas e médias empresas, com enorme potencial para empregar o maior número de moçambicanos, devem participar também na indústria extractiva.

Refira-se que nos últimos 10 anos, Moçambique aprovou projectos para a exploração de recursos naturais, orçados em cerca de 25 mil milhões de dólares.

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