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Governo da Beira recruta pessoas sem recursos para a limpeza de valas de drenagem


Cidade da Beira
Cidade da Beira

Autoridades dizem que próximos cinco anos serão cruciais para a recuperação do sistema de drenagem.

André Baptista

O Governo da Beira vai recrutar pessoas com certificado de pobreza para desobstruirem as valas de drenagem e permitir o rápido escoamento das águas pluviais, bem como melhorar a situação de saneamento, no âmbito da iniciativa comida pelo trabalho.O administrador da Beira José Cuela disse à VOA que são elegíveis ao trabalho indivíduos com certificado de pobreza, mas com condições físicas aceitáveis.

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A iniciativa, que faz parte do projecto “Macurungo este”, orçado em 22 milhões de meticais, tem como parceiro o Instituto Nacional de Acção Social, e deverá arrancar este mês.

A cidade da Beira foi instalada sobre um pântano, da confluência dos rios Púnguè e Búzi , e abaixo da cota do nível do mar. Agora depara-se com o avanço das águas do mar, por um lado devido a obstrução dos canais e esporões.

As valas de drenagem, que deveriam alimentar os canais de respiração da cidade, estão obstruídas por lixo, grama e lama.

De momento está a ser implementado um projecto de 115 milhões de dólares americanos para a reabilitação e desobstrução do canal do Chiveve, na cidade da Beira, para escoar de forma limpa

Para o director provincial de obras públicas, arquitecto Marcelo Amaro, os próximos cinco anos serão cruciais para a recuperação da Beira, com projectos concretos para descongestionar a invasão das águas do mar, reabilitação de canais de respiração e esporões da cidade, e construção de estruturas de defesa de edifícios velhos.

“A cidade da Beira está assente sobre um aterro. Temos que nos conformar com esta realidade desafiante para a engenharia, arquitectura, geologia e antropologia,” Disse Amaro.

Ele acrescentou que é preciso “reconhecer que os novos aterros necessitam de ser consolidados, não implantando infra-estruturas antes que os solos trazidos estejam compactados, para não precipitar o aluimento das novas infra-estruturas”.

Contudo, admitiu Amaro, há espaço para novos investimentos na Beira, sobretudo da área de habitação, mas para tal é necessária uma definição clara, nas zonas de expansão dos sistemas de drenagem das águas fluviais e esgotos.

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