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FLEC de Nzita Tiago não rejeita autonomia


Foto de Nzita Tiago, na sua página do Facebook
Foto de Nzita Tiago, na sua página do Facebook

Facção do líder histórico da FLEC não exige "independência", na reacção a uma proposta do Bloco Democrático

A facção de Nzita Tiago da FLEC não rejeitou a autonomia como solução para o território de Cabinda.

Num comunicado enviado à nossa redacção, assinado por Osvaldo Franque Buela, secretário para a Informação e Comunicação, a direcção política do movimento diz que "tomou conhecimento e boa nota da disponibilidade e boa vontade de alguns partidos políticos da oposição Angolana (UNITA e recentemente o BD) de se pronunciar para discutir publicamente e de forma transparente com o povo de Cabinda, as suas intenções e projectos políticos para o futuro de Cabinda".

Na semana passada, o Bloco Democrático preconizou um encontro para discutir a autonomia de Cabinda, a realizar antes das eleições; mas a referência à "autonomia" foi veementemente rejeitada pela recém formada facção de Afonso Massanga.

Numa entrevista à Voz da América, Massanga disse que aceitar a autonomia seria o mesmo que desistir da independência.

O comunicado da facção de Nzita não utiliza nem a palavra "autonomia", nem a palavra "independência". Nele se escreve que a FLEC "como movimento de luta de libertação e defensor legítimo das aspirações do povo de Cabinda, encoraja as iniciativas dos partidos políticos da oposição angolana".

No texto, a FLEC "recomenda ue a classe política angolana deixa de colocar a questão de Cabinda no centro do debate apenas para fins e cálculos eleitorais, quando o poder do MPLA não cumprir qualquer compromisso e acalmar o clima político interno, mais pelo contrario continua constantemente de violar descaradamente a sua própria constituição que deveria assegurar e consolidar o processo democrático da política angolana, e provar sua boa-fé de uma solução negociada, e não militar".

A FLEC condena, ainda, o MPLA por "não mostrar vontade política para iniciar um verdadeiro processo de diálogo com as forças vivas do território de Cabinda de igual modo com a Frente de Libertação do Estado de Cabinda e seu líder histórico e fundador Nzita Henriques Tiago", visando uma solução pacífica.

O comunicado faz referência a dissenções internas, que poderão ter estado na origem da última cisão, afirmando "desmentir formalmente todas as informações que circulam na net, que Nzita Henriques Tiago teria recomendado Belchior Lanso Taty para negociar um qualquer estatuto político para Cabinda sem envolver os outros componentes da sociedade civil de Cabinda."

A facção de Nzita afirma que "essas informaçoes são totalmente falsas e sem fundamentos, servem apenas para desinformar a população e é obra dos inimigos da paz e oportunistas em mal de notoriedade que vêem em Nzita Henriques Tiago um obstáculo à realização de seus interesses obscuros, comprovado pelos fracassos repetidos de vários processos falaciosos incorridos pelo governo do MPLA e seus lacaios de Cabinda a fim de tentar resolver um problema, excluindo os principais atores e as causas profundas do conflito que perdura por mais de quatro décadas".

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