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EUA e Cuba realizam primeira ronda directa de conversações


Escritório de Interesses dos EUA em Havana
Escritório de Interesses dos EUA em Havana

O encontro acontece esta quarta-feira em Havana.

Estados Unidos e Cuba vão reunir-se a alto nível amanhã, 21, pela primeira vez em negociações directas em Havana. O encontro acontece depois de os presidentes dos dois países terem anunciado, a 17 de Dezembro, a abertura de embaixadas nas respectivas capitais. Roberta Jacobson, secretária de Estado Adjunda pelo Hemisfério Ocidental, lidera a delegação americana, enquanto Josefina Vidal, directora para assuntos com os Estados Unidos do Ministério das Relações Exteriores dirige a equipa cubana.

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Barack Obama e Raul Castro anunciaram em Dezembro a sua intenção de retomar as relações bilaterais e os respectivos governos tomaram medidas nesse sentido. Cuba libertou 53 presos políticos e a Administração americana retirou impedimentos para os seus cidadãos visitarem a ilha caribenha.

Amanhã, pela primeira vez em décadas, representantes dos dois governos vão se encontrar tendo como temas principais os direitos humanos e comércio.

Um alto funcionário do Departamento de Estado americano disse ontem que a Administração Obama vai exigir liberdade de movimentos aos seus diplomatas em Havana, livre acesso dos cubanos ao Escritório de Interesses na capital cubana e fim do controlo das entregas feitas na missão consular.

Outro tema da agenda será a devolução das propriedades de cidadãos americanos expropriadas por Cuba depois da Revolução de 1959. Dados do Governo dos Estados Unidos indicam que cerca de seis mil americanos tiveram os seus bens expropriados no valor de quase dois mil milhões de dólares, na altura, que na actualidade ascendem a 7 mil milhões de dólares.

Ontem 78 personalidades, entre eles o antigo secretário de Estado da Administração Reagan George Shultz, três secretários adjuntos para o Hemisfério Ocidental e líderes cubano-americanos, escreveram uma carta ao presidente Barack Obama a pedir que trabalhe com o congresso para a normalização das relações entre os Estados Unidos e Cuba.

O tema deverá merecer atenção do presidente americano no seu discurso sobre o Estado da União, a ser preferido hoje às 21 horas.

Aliás, o trabalhador da Agência dos Estados Unidos para a Ajuda Internacional Alan Gross, libertado pelo Governo cubano em Dezembro depois de cinco anos preso acusado de espionagem, é o convidado de honra da primeira dama Michele Obama para o discurso de hoje.

Nos Estados Unidos, uma sondagem revelada na passada sexta-feira indicou que a maioria dos americanos aprova a decisão de Barack Obama e que dois terços defendem o fim do embargo económico a Cuba.

Entretanto, a oposição republicana, que controla a Câmara dos Deputados e o Senado, opõe-se à decisão de Obama e terá uma palavra a dizer na mudança da política em relação a Cuba.

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