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Elias Isaac: "Não existe vontade política para investigar a corrupção".


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Director da Open Society em Angola foi o convidado do programa da VOA Angola Fala Só de hoje, 8 de Agosto.

8 Ago 2014 AFS - Elias Isaac
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“É uma grande tristeza o que se passa em Angola”, disse no programa Angola Fala Só, Elias Isaac da Fundação Open Society, Angola.

Num programa em que foram abordados os mais diversos temas sobre a situação dos direitos humanos em Angola, Isaac lamentou o que disse ser a falata de existência de “um espirito de diálogo”.

“Não existe um diálogo com aqueles que são diferentes, que pensam de forma diferente,” disse Isaac para quem esse tipo de diálogo tem que existir numa sociedade democrática.

Para o director da Open Society, Angola continua a ser uma sociedade “baseada na prepotência e na exclusão por aqueles que pensam que sabem tudo”. Para ele, uma sociedade democrática “não se faz só com partidos políticos, faz-se com a sociedade civil”.

A intolerância que existe, disse, reflecte-se na inexistência de meios de informação livres porque “há um grande medo dos meios de informação”.

“Os governantes têm medo dos media e têm medo de largar esse espaço”, justificou.

Ao abordar a questão da corrupção a alto nível, Elias Isaac disse nunca ter havido investigações a casos flagrantes no exterior, como o recente caso da venda de material policial pela Espanha, BESA e outros

“Não existe vontade política dos governantes de abordarem a questão da corrupção”, disse, criticando também o sistema judicial por não levar a cabo as suas funções neste aspecto.

Isso, disse, é o reflexo do facto de que “não se respeita a independência das instituições”.

Elias Isaac afirmou que não se pode considerar Angola um país rico “porque o seu povo é pobre”. Angola, disse, "é um país de riquezas que beneficiam as multinacionais e minorias”, e onde “os pobreas são cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos”.

Como é que se explica que num país com um orçamento de 74 biliões de dólares não se consegue dar água e luz à população?”, interrogou o director da Open Society.

Clique aqui para ter acesso ao arquivo do programa

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