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Tensão sobe no Egipto


O líder egipcio colocou-se acima do poder judicial concentrando praticamente todos os poderes na presidência.

A tensão continua a subir no Egipto depois da decisão do presidente Mohamed Morsi de assumir poderes quase absolutos.

O presidente egípcio Mohamed Morsi está entretanto a efectuar conversações com os juízes do Supremo Tribunal que estão a tentar convence-lo a voltar atrás com a sua decisão.

O decreto presidencial da semana passada suscitou uma série de protestos por parte de activistas da oposição que continuam aliás acampados na Praça Tahrir em pleno centro do Cairo pelo quarto dia consecutivo para exigir que Morsi abandone a ideia.

Entretanto opositores e apoiantes do presidente convocaram para amanhã manifestações na capital egípcia.

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Com a sua decisão o presidente Morsi colocou-se acima do poder judicial concentrando praticamente todos os poderes na presidência. Foi precisamente essa concentração de poderes que motivou a revolta popular de Janeiro do ano passado para derrubar o antigo presidente Hosni Mubarak.

No decreto Morsi afirma que as suas decisões não podem ser contrariadas pelos tribunais e impede também o ramo judicial de dissolver a câmara alta do parlamento assim como a assembleia que está encarregada de redigir a nova constituição egípcia.

O presidente afirma que o seu decreto não passa de uma medida temporária e que só estará em vigor até à eleição de um novo parlamento nos termos da revisão constitucional e acrescentou que a medida se destinava apenas a garantir a estabilidade do Egipto.

Contudo o processo de revisão constitucional está debaixo do controlo dos islâmicos da Irmandade Muçulmana e os liberais e outros reformadores temem que a nova lei fundamental do país seja redigida tendo por base a lei islâmica, a Sharia.

Enquanto isso aqui em Washington o senador republicano John McCain considerou o decreto do presidente egípcio como inaceitável. Por seu lado o departamento de estado afirmou que a decisão de Morsi é preocupante para muitos egípcios e para a comunidade internacional acrescentando que uma das aspirações da revolução de 2011 era a de obter garantias de que o poder não seria exageradamente concentrado nas mãos de umas só pessoa ou instituição.
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