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Dilma e Aécio em debate decisivo


Dilma não precisa vencer o debate desta noite. Basta apenas não cometer nenhuma falha grave.

Um último e decisivo debate na TV encerra nesta Sexta-feira, 24, uma das campanhas presidenciais mais acirradas, agressivas e marcadas por altos e baixos da história recente do Brasil.

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Depois de ter visto a sua popularidade oscilar várias vezes, Dilma Rousseff (PT) chega ao debate desta noite, na Rede Globo, liderando as pesquisas de intenções de votos. Os dois levantamentos, divulgados nesta Quinta-feira, 23, mostram a petista com uma vantagem de 6 a 8 por cento em relação ao seu adversário Aécio Neves (PSDB).

Para a candidata à reeleição, as últimas pesquisas eleitorais reflectem o que ela tem visto nas ruas. "Eu vi, nos últimos dias, por exemplo, em Recife, uma manifestação completamente espontânea. O Lula estava comigo e nem eu nem ele nunca viu nada igual. Motoristas de ônibus estavam parando para se manifestar e o povo dentro do ônibus também. Eu acredito que está havendo uma espécie de virada. Eu acho que há uma virada visível nas ruas", disse a candidata.

Já o candidato Aécio Neves questiona o resultado das sondagens dos dois maiores institutos de pesquisa do Brasil, Ibope e Datafolha. "O que nós vimos no primeiro turno em relação às pesquisas eleitorais, foi uma distância muito grande entre a vontade do eleitor e o que as pesquisas manifestavam,” afirmou. "Mas, eu não paro para avaliar pesquisas, se tivesse feito isso, se quer no segundo turno eu estaria”, completa.

Na batalha final na televisão, o comando de campanha da petista avalia que, com a vantagem registrada nas duas últimas pesquisas, Dilma não precisa vencer o debate desta noite. Basta apenas não cometer nenhuma falha grave.

Já para Aécio, segundo especialistas, o debate é a grande chance de o tucano virar o jogo e, por isso, o candidato vai ter que demonstrar uma clara superioridade nas colocações.

Nas ruas do Brasil, a Sexta-feira também é de batalha final. Os militantes e apoiantes da reeleição da presidente realizam, hoje várias caminhadas denominadas “Brasil Coração Valente”. Apoiantes do candidato Aécio Neves também programam movimentos do tipo.

A movimentação nas ruas causa preocupação, já que os partidários em alguns lugares do país têm ensaiado confrontos. A presidente que disputa a reeleição chegou a fazer um apelo aos militantes para evitarem confrontos físicos na recta final das eleições.

Já os dois presidenciáveis tentam diminuir, nesses momentos finais, a guerra de acusações, tão criticada pelo eleitorado brasileiro. No entanto, os ex-presidentes Luís Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) não se preocupam tanto assim com o tom conciliatório.

O ex-presidente Lula tem chamado Aécio de 'filhinho de papai' e criticado o candidato à presidência pelo PSDB por declarado em debate que Dilma é leviana. Eu disputei muitas eleições neste país e eu nunca vi um cidadão faltar com o respeito com um Presidente. O comportamento dele não é de um candidato. É de alguém que não tem responsabilidade, o comportamento de um “filhinho de papai” que acha que os outros têm que fazer tudo para ele”.

Em entrevista, Fernando Henrique Cardoso também atacou Dilma dizendo estar indignado com o facto de Dilma ter declarado que ele quebrou o Brasil três vezes. “Dilma merecia ganhar o Prémio Nobel por tanta incompetência económica. Fico triste de ver a Dilma repetir esse assunto só porque é campanha eleitoral", concluiu o antigo Presidente.

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