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Dhlakama anuncia para breve novo encontro com Filipe Nyusi


Afonso Dhlakama
Afonso Dhlakama

Líder da Renamo diz que ele cumpriu a sua parte, o Governo ainda não.

André Baptista

O líder da Renamo Afonso Dhlakama anunciou para breve um novo encontro com o Presidente moçambicano Filipe Nyusi para ultrapassar o impasse na crise com o Governo, sustentando ter concluído com a sua parte do que foi acordado nos encontros anteriores.

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Dhlakama acusou o Governo, na quarta-feira, 15, em Caia, distrito de Sofala, de estar a persistir de forma desnecessária no impasse do dialogo politico, quanto à desmilitarização da oposição e despartidarização do Estado.

“Na prática o Presidente Nyusi já sabe o que se esta a passar (na mesa de dialógo) na Joaquim Chissano”, declarou Afonso Dhlakama, reiterando ter avançado com os acordos alcançados, que incluía a submissão à Assembleia da República do projecto-lei das províncias autónomas e o mapeamento da reintegração dos comandos da Renamo, reformados compulsivamente e ou expulsos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique(FADM).

Na segunda-feira, após a 101.ª ronda de diálogo entre o Governo e a Renamo, os mediadores manifestaram desconforto pela paralisia do diálogo. Já na terça-feira, em presidência aberta em Gaza, Filipe Nyusi, manifestou-se insatisfeito com os resultados dos encontros com Dhlakama, reiterando que nada estava a avançar.

“Não houve nenhuma coisa que ele me disse, que eu não esteja a fazer avançar. Se calhar ele se estava a referir aos homens dele, que ainda não aprovaram o projecto-lei das províncias autónomas porque o que combinamos foi o ante-projecto e o mapeamento da reintegração dos comandos da Renamo nos lugares chaves nas FADM”, retorquiu.

Afonso Dhlakama, ameaça governar à força caso a Frelimo, partido no poder, chumbe a sua proposta da lei de criação de províncias autónomas, que considera como a única saída para a crise política gerada pela recusa do movimento em aceitar a derrota nas eleições gerais de 15 de Outubro de 2014.

Já o Presidente moçambicano considera que as soluções para se ultrapassar a crise política devem ser encontradas na Constituição da República.

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