Daviz Simango, líder do MDM e candidato presidencial, publicou esta Sexta-feira, 17, um comunicado no site do partido alertando para a falta de transparência do processo eleitoral "viciado", do qual Moçambique sai "manchado".
Simango refere terem ocorrido "irregularidades e violência, que não seriam aceites em nenhum país democrático do mundo".
"Infelizmente, a guerra continua vencendo a paz e a bipolarização na cena política do país, torna-nos reféns de manobras arquitectadas pela constante ameaça de um conflito armado. São e continuarão sendo a grande desgraça nacional, que nos impede de caminhar rumo ao progresso verdadeiro", escreveu o líder do MDM, acrescento que "nenhum cidadão consciente no mundo poderá afirmar que as eleições moçambicanas foram livres e justas".
Simango questiona por isso a "indiferença" em relação aos "inúmeros relatos de irregularidades e práticas de fraudes, relatados de norte a sul do país", em relação também ao "relato do Presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos, de que os observadores foram impedidos de trabalhar por falta de credenciais", embora o "pedido tivesse sido feito dentro dos prazos estabelecidos por lei".
Aquele líder político denuncia a "presença de falsos observadores eleitorais, surpreendidos em diversos distritos", referindo-se também a atrasos "premeditados" na credenciação dos Delegados de Candidatura do MDM, "proibindo-os de fiscalizar o processo desde o início da votação".
Referindo-se a incidentes que envolveram a polícia e à possibilidade de fraude eleitoral, Simango acusa o STAE de estar "desorganizado propositadamente", evitando que os eleitores votassem.
Apelando à imprensa livre e aos observadores "corajosos" que denunciem todas as situações de irregularidade, Daviz Simango garante, no comunicado, que ele e o seu partido vão continuar a lutar pela democracia.