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Centenas de trabalhadores sem salários em Benguela


Sede da administração da cidade de Benguela
Sede da administração da cidade de Benguela

Sindicato adverte para "Natal terrível" para milhares de pessoas em extrema pobreza

Mais de 400 trabalhadores dos sectores público e privado e as suas famílias fazem face a um Natal e fim de ano “terrível” em Benguela pois estão há 11 meses sem salários, disse o Sindicato da Saúde, Administração Pública e Serviços

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Estes chefes de famílias, alguns afectos à administração pública, são responsáveis pela sobrevivência de 4.970 pessoas.

Na hora da apresentação dos números, o secretário para os assuntos jurídicos do sindicato Custódio Cupessala prometeu forçar um encontro com o governador de Benguela, a quem deverá mostrar o que chama de reflexos da extrema pobreza em que se encontram esses trabalhadores.

Os trabalhadores eventuais das Administrações do Lobito, Benguela, Catumbela, Caimbambo, Cubal e Ganda são os que mais sofrem com violações sistemáticas dos seus direitos. Estão sem dinheiro há três, quatro, cinco e até 11 meses.

Há dois anos, o ex-governador, general Armando da Cruz Neto, havia garantido dotações financeiras para estes funcionários, também detentores de contratos, mas a verdade é que prevalecem os incumprimentos. Daí que Custódio Cupessala chega a implorar o pagamento parcial da dívida antes da quadra natalícia.

Quanto aos trabalhadores do sector privado, em número de 350, a maior parte afecta a operadoras de recolha de lixo, o secretário para os assuntos jurídicos do Sindicato da Saúde, Administração Pública e Serviços diz que os tabalhadores continuam também também á espera dos seus pagamentos.

Cupessala afirma que o sindicato tem estado a tentar travar manifestações de ruas pelos trabalhadores afectados, mas faz notar que no desespero alguns deles podem querer “fazer justiça pelas suas próprias mãos”.

Em declarações prestadas a um jornal da capital, o director do Gabinete de Estudos e Plano informou que a dívida referente ao quinquénio 2008/2012, com a qual as autoridades locais são confrontadas neste momento, é de 160 milhões de dólares americanos.

Entretanto, Valódia Sardinha não pôde avançar datas para o início dos pagamentos, uma vez que o expediente está a ser tratado por Luanda.

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