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Centenário de Vinicius de Moraes


Vinicius de Moraes em 1970.
Vinicius de Moraes em 1970.

O Magazine Cultural apresenta um pouco da vida e obra do "poetinha" e fala com Maria de Moraes, filha de Vinicius, em comemoração aos cem anos do nascimento do artista neste sábado.

Marcus Vinicius de Moraes nasceu em 19 de Outubro de 1913, na cidade do Rio de Janeiro. Desde cedo, ele mostrou inclinações para as artes. Quando criança, cantava em um coral da escola e montava pequenas peças de teatro. Aos 14 anos, começa a fazer suas primeiras composições e apresentações, junto dos irmãos Paulo e Haroldo Tapajós. A parceria com a dupla renderia canções como “Loira ou Morena”, “O Beijo Que Você Não Quis Me Dar” e “Canção da Noite”. Maria de Moraes, filha de Vinicius, conta sobre as suas raízes músicais e o seu dom:
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Em 1933, Vinicius tem seu primeiro livro de poesias publicado, “O Caminho para a Distância”. Nessa década, ele firmaria amizade com notáveis poetas brasileiros como Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade. Conhecida como a fase mística de Vinicius de Moraes, a década ainda marca o lançamento de dois livros, “Forma e Exegese” e “Ariana, a Mulher”.

Na década de 40, Vinicius lança o livro “Cinco Elegias”, que marcaria a sua mudança de fase, do misticismo à uma escrita mais simples e sensual. Ainda nesse período seria aceito no concurso para o Ministério das Relações Exteriores. Vinícius actuaria como jornalista, diplomata e artista durante grande parte da sua vida.

A dedicação ao trabalho e a profusão de sua obra foi um traço marcante de Vinicius de Moraes.
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A década de 50 é um importante marco na carreira de Vinícius de Moraes. Em 54, tem a sua peça de teatro “Orfeu da Conceição” publicada, em 58, baseado na peça, o director Marcel Camus lança o filme “Orfeu Negro”, ganhador da Palma de Ouro de Cannes e do Oscar de melhor filme estrangeiro.

Em paralelo à produção do filme, ele tem o desejo de encenar a peça. Para fazer a música do espectáculo, Vinicius convida Antonio Carlos Jobim, o que marca o início de uma das mais proficientes parcerias da música nacional, com músicas como “Garota de Ipanema”, "Aquarela" e "Água de Beber".
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1958 registra também o início do movimento musical que revolucionaria a música nacional brasileira, conhecido como Bossa nova. O marco do estilo, uma mescla de samba e jazz, é o LP “Canção do Amor Demais”, composto por Vinicius e Tom Jobim, cantado por Elizeth Cardoso e com arranjos no violão de João Gilberto. Abre o álbum a música “Chega de Saudade”.
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O poetinha, alcunha carinhosa atribuída a ele por Tom Jobim, foi um grande adepto da boémia. Frequentador assíduo de bares, casado por 9 vezes, a sua vida de bom vivant eventualmente custou-lhe o posto de diplomata. Com a ascenção do governo militar na década de 60, teve seu cargo cassado. Com isso, voltou-se em definitivo à carreira artística. Somente após a sua morte a cassação seria revista. Em 2010, Vinicius de Moraes foi elevado ao cargo de ministro do exterior.

Em 1970, Vinicius forma uma outra parceria de sucesso. Ele e o violonista Toquinho gravariam diversas músicas, entre elas “Como Dizia o Poeta”, “Testamento”, “Para Viver um Grande Amor” e “Tarde em Itapuã”
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Ao lado de Toquinho, Vinicius de Moraes passaria o resto de sua carreira. Após passar o dia com o violonista combinando os últimos detalhes do volume 2 do álbum “Arca de Noé”, na madrugada do dia 9 de julho de 1980, Vinicius de Moraes passa mal na banheira da sua casa no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro, e vem a falecer horas depois.

Jornalista, diplomata, dramaturgo, músico, poeta. Amante do uísque e das mulheres, Vinícius de Moraes foi uma figura icónica para a cultura brasileira e mundial. Acerca de seu legado, Maria de Moraes afirma que Vinicius foi fundamental para a imagem do país no exterior.
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Em vista do centenário, Maria de Moraes pede a todas as pessoas que vejam, leiam, ouçam um pouco de Vinícius. Por isso, terminamos a Magazine Cultural de hoje com a segunda canção mais gravada da história, “Garota de Ipanema”, na voz de Frank Sinatra.
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