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Caso Cassule e Kamulingue: testemunhos contraditórios dos implicados


Kamulingue e Cassule
Kamulingue e Cassule

Tribunal de Luanda tenta saber quem foi o mandante do crime.

Afinal quem mandou matar os activistas Isaias Cassule e Alves Kamolingue? Uma questão que os advogados, juízes e procuradores do polémico caso Cassule e Kamolingue querem ver respondida.

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Os jornalistas não podem transmitir o julgamento, por ordem do tribunal, mas podem assistir àsste caso que tem concentrado a atenção nacional.

Assistentes do juiz presidente, Carlos Baltazar disseram à VOA que essa decisão visa evitar que os declarantes e testemunhas arrolados no processo cheguem ao tribunal com a opinião já formada devido à divulgação por parte de alguns meios de comunicação dos depoimentos.

As nossas fontes apresentaram como exemplo o caso Barbara, em que a rádio pública angolana emitiu na íntegra as sessões do julgamento, o que levou a uma das partes a pedir a proibição da gravação das audiências.

Entretanto, no tribunal, o Comissário Dias do Nascimento Fernando Costa e o director Provincial da Investigação Criminal de Luanda (DPIC) António Pedro Amaro Neto, ambos implicados no assassinato dos activistas, apresentaram testemunhos contraditórios sobre o caso Cassule e Kamulingue.

O Director da DPIC António Pedro Amaro Neto disse que as forças da DPIC, foram, no dia do assassinato, apoiar o então Delegado do SINSE, António Gamboa Vieira Lopes, enquanto o Comissário Dias do Nascimento afirmou que os elementos da DPIC saíram para apoiar os policias com o intuito de localizar os promotores da convocada manifestação anunciada para o dia 27 de Maio de 2012.

De realçar que o Comissário Dias do Nascimento era à data dos factos o comandante em exercício da Policia Nacional de Luanda, uma vez que a então titular Elizabeth Ramos Frank, “Beth”, encontrava-se ausente do país por motivos de saúde.

O responsável do Gabinete Técnico do Comité Provincial do MPLA de Luanda, Júnior Maurício “Cheu”, implicado na morte de Isaías Sebastião Cassule, revelou em tribunal que o seu grupo agiu em cumprimento de ordens dadas pelo tenente-general José Peres Afonso “Filó”.

Até ao momento, desconhecem-se os verdadeiros autores morais do crime e familiares continuam à espera de decisão final.

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