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Barack Obama é a favor dos casamentos homossexuais


Presidente Barack Obama na capa da revista Rolling Stone
Presidente Barack Obama na capa da revista Rolling Stone

Cabe aos Estados autorizarem o casamento homossexual

Obama e os casamentos homossexuais

Barack Obama declarou-se a favor dos casamentos homossexuais, tornando-se o primeiro Presidente norte-americano, em exercício, a assumir tal posição.

Até agora, Obama manifestara-se a favor das uniões civis entre homossexuais, sem apoiar expressamente o casamento.

Quando se candidatou à Casa Branca em 2008, Barack Obama disse que se opunha ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Mas quando pressionado para clarificar qual a posição da sua Administração sobre o assunto, admitiu que a sua opinião tinha “evoluído” e que considerava que casais homossexuais deveriam ter o mesmo direito ao casamento que os casais heterossexuais.

As palavras do Presidente foram imediatamente elogiadas por organizações de defesa dos direitos dos homossexuais e direitos humanos, estão a ser classificadas por alguns comentadores como a mais importante declaração política em termos de direitos cívicos desde a luta para pôr fim à segregação racial, nos anos 50.

O Presidente, assumiu a posição que o seu vice-presidente, Joe Biden, um católico, já havia manifestado no passado fim-de-semana, e que o secretário da Educação, Arne Duncan, tinha repetido uns dias depois.

Numa entrevista à estação de televisão ABC, o Presidente exprimiu a sua “opinião pessoal” sem equívocos ou subterfúgios.

A Administração americana decidiu conceder aos membros gay do corpo diplomático que vivem em união de facto os mesmos direitos reservados aos casais heterossexuais.

“A posição agora assumida, resultou de conversas com amigos, família e vizinhos, e resultou também do exemplo de pessoas que trabalham comigo”.

Obama enumerou várias iniciativas do seu Governo em defesa dos direitos dos homossexuais, a mais notória das quais a abolição da política militar que ficou consagrada no regulamento “Don’t Ask, Don’t Tell” [Não Pergunte, Não Diga], e que obrigava os militares norte-americanos a manterem segredo sobre a sua orientação sexual.

Obama ressalvou, no entanto, que cabe aos diferentes Estados autorizarem o casamento homossexual.

As declarações do Presidente dos Estados Unidos surgiram um dia depois de a Carolina do Norte se ter tornado no trigésimo Estado norte-americano a proibir o matrimónio entre pessoas do mesmo sexo e a menos de seis meses de eleições presidenciais, às quais se recandidata.

Tal como o Presidente, a opinião pública norte-americana tem evoluído no sentido da aceitação do casamento gay – segundo os números da Gallup, 52 por cento aprovam o direito dos casais gay ao casamento.

E os dados do instituto independente Pew Research Center sugerem que, politicamente, Obama poderá beneficiar da sua posição, uma vez que 47 por cento dos eleitores dos estados que oscilam no voto e decidem as eleições, concordam com o casamento gay, contra 37 por cento que se opõem.

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