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"António Indjai deve ser protegido pelo Estado", diz jurista e analista


General Antonio Indjai
General Antonio Indjai

Fode Mane considera a exoneração do Chefe de Estado Maior das Forças Armadas o ponto de partida para a reforma militar na Guiné-Bissau.

O presidente da Guiné-Bissau exonerou ontem, 15, à noite o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, o general António Indjai. No decreto presidencial, José Mário Vaz justificou a decisão com o fim do período de transição e a posse dos órgãos de soberania democraticamente eleitos.

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Fontes em Bissau revelam que o agora exonerado Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas desconhecia a decisão e que a cúpula militar ter-se-á reunido logo após o comunicado ter sido divulgado.

Em Bissau, a notícia foi recebida com naturalidade por ter sido um pedido da comunidade internacional que, desde 2010, vinha pressionando o país a promover uma profunda reforma das Forças Armadas, instituição que tem sido fonte dos vários golpes de Estado registados no país.

Para o jurista e analista político, Fode Mane a decisão é um bom ponto de partida para a reforma das Forças Armadas anunciada pelas novas autoridades.

Líder do golpe de Estado de 2012 e homem forte do regime que terminou com a posse das actuais autoridades da Guiné-Bissau, António Indjai é procurado pela justiça americana que o considera o cabecilha do grupo que traficava droga para os Estados Unidos e Europa, integrado também pelo antigo chefe da Marinha Bubo na Tchuto, actualmente preso em Nova Iorque.

Entretanto, segundo Fode Mane, não há nenhum mandado de captura internacional contra António Indjai, por isso, o jurista defende que o Estado deve proteger Indjai.

O presidente da República José Mário Vaz deverá marcar para breve a reunião do Conselho Nacional da Defesa, dando assim início ao processo de escolha do novo Chefe de Estado Maior das Forças Armadas.

Segundo Mané, o novo Chefe do Estado Maior das Forças Armadas deve ser alguém do sistema, com credibilidade.

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