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Angola é origem e destino de tráfico humano e sexual, mas situação está a melhorar


A revelação consta do relatório anual do Departamento de Estado americano.

Angola é origem e destino de vítimas de tráfico de seres humanos, denunciou o Departamento de Estado americano.

No seu relatório anual, o Governo americano faz notar, no entanto, que o Executivo angolano está a realizar esforços significativos para combater o tráfico humano.

O documento afirma que angolanos continuam a ser forçados a trabalhar na agricultura, pesca, construção civil, serviços domésticos e no sector mineiro artesanal de diamantes.

O documento acusa cidadãos chineses de explorarem crianças angolanas em fábricas de tijolos, na construção e na produção de arroz, e acrescenta, por outro lado, que mulheres chinesas são recrutadas por grupos chineses e companhias de construção com promessas de trabalho, mas são depois forçadas a se prostituírem para pagarem o custo das suas viagens.

Imigrantes chineses, de países do sudeste asiático, namibianos, quenianos e possivelmente congoleses são também forçados a trabalhar na indústria da construção frente a ameaças de violência, confiscação dos seus passaportes e detenção.

O relatório do Departamento de Estado indica ainda que rapazes angolanos são levados para a Namíbia para trabalhar no "pastoreio de gado", enquanto outros são "forçados" a servir como "mensageiros" nas redes ilegais do comércio intra-fronteiriço

No sentido inverso, o Governo americano revela que mulheres do Vietname e do Brasil são alvo de tráfico para prostituição em Angola, juntamente com chinesas e congolesas, que também realizam trabalhos forçados no país e são vítimas de vários tipos de violência.

O relatório diz que o Governo angolano não cumpre totalmente os padrões mínimos para a eliminação do tráfico humano, mas acrescenta contudo que “está a fazer esforços significativos” neste sentido.

O Executivo, revela o documento, “tem manifestado um cuidado maior nas questões de tráfico humano e fez esforços para melhorar a sua capacidade para combater esse crime”.

Nas recomendações a Angola, o relatório exorta as autoridades a utilizarem as disposições do código penal recentemente revisto "para investigar e reprimir as infracções" no trabalho forçado e no "tráfico sexual", bem como a "continuar a formar a polícia" e a "investigar sistematicamente o tráfico de trabalho no sector da construção" entre outras medidas.

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