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Acesso ao trabalho e à habitação preocupa jovens moçambicanos


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Pedem uma política virada para a habitação e agricultura.

Em Moçambique, muitos jovens dizem que gostariam de ver concretizadas algumas das promessas feitas pelo novo Governo relativamente à aplicação de políticas para a juventude, principalmente no que diz respeito à criação de mais postos de trabalho e habitação.

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Jovens ouvidos pela VOA afirmaram que o Presidente Nyusi trouxe uma nova maneira de fazer política, é mais aberto e mais dialogante mas precisa de prestar particular atenção aos jovens, que são a maioria da população moçambicana, estimada em mais de 22 milhões de habitantes.

Euclides Bonifácio diz estar a frequentar a 12a. classe, mas considera bastante remotas as possibilidades de encontrar emprego.

"Quase todos os dias ando à procura de emprego, mas não encontro", lamentou.

Os jovens criticam também a falta de uma estratégia de habitação para a juventude, mas neste momento o grande problema tem a ver com o emprego. "Eu quero ter a minha própria casa, mas a primeira coisa é o emprego", frisou.

Luís Borges diz ser necessário combater o nepotismo e a corrupção nas empresas, porque, no seu entender, os poucos jovens que conseguem emprego têm que pagar muito dinheiro a alguns responsáveis. "Eu consegui a vaga na empresa onde estou a trabalhar é porque tenho lá um familiar", revelou.

Entretanto, o Governo afirma que os jovens devem apostar no empreendedorismo, mas João Macie, jovem empreendedor que se dedica à criação de frangos e à venda de material escolar, entre outras actividades, diz ser necessária uma educação com qualidade e que possa capacitar aqueles que queiram avançar neste sentido.

Por seu turno, Elias Mabaço entende que um maior investimento na agricultura pode ajudar a minimizar o problema da falta de emprego para jovens moçambicanos.

"É preciso pensar na mecanização da agricultura e colocar os jovens no topo da agenda governamental, eles são a maioria neste país", destacou.

Relativamente à habitação, os jovens criticam a falta de uma estratégia governamental para este sector, uma vez que a política da banca comercial não lhes permite ter residência própria, dado que o acesso ao crédito não tem em conta a realidade financeira dos jovens moçambicanos.

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