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Congo: Questão dos desalojados pode agravar-se em Goma


Pessoas deslocadas no campo de Mugunga, perto de Goma
Pessoas deslocadas no campo de Mugunga, perto de Goma

Milhares de pessoas encontram-se neste momento no campo de refugiados perto de Goma.

No Congo Kinshasa, os ataques do grupo rebelde M23 já fizeram milhares de desalojados.

Agora, no momento em que os rebeldes se preparam para retirar da cidade de Goma, teme-se que um vácuo de poder possa tornar ainda pior a situação.

Milhares de pessoas encontram-se neste momento no campo de refugiados perto de Goma. Muitos deles chegaram na semana passada depois de terem sido desalojados por causa dos confrontos entre as forças do governo e os guerrilheiros do M23.

Famílias inteiras dormem no chão de escolas e igrejas aguardando um alojamento mais permanente.

As Nações Unidas estimam em cerca de 140 mil as pessoas desalojadas pelos recentes combates juntando-se a centenas de milhares de outros refugiados de crises anteriores.

Agora os habitantes de Goma vivem tempos particularmente incertos no momento em que os rebeldes se preparam para abandonar a cidade depois das conversações do fim-de-semana com o governo. Christina Corbett da organização humanitária Oxfam afirmou à VOA que estão em curso preparativos para o caso da situação se tornar mais volátil: “O que podemos fazer é sermos flexíveis nos nossos preparativos e tentarmos fazer tudo quanto possível agora , caso daqui por alguns dias não podermos trabalhar. Pelo menos teremos alguns recursos disponíveis.”

A Oxfam, que tem vindo a providenciar água e saneamento básico na região. Segundo Corbett as operações continuaram mais ou menos normalmente com os rebeldes controlando a cidade.

Acrescentou contudo que há sempre um risco de insegurança quando o poder passa de umas mãos para outras: “ Quando há um vácuo na segurança há sempre um grande risco de alguém querer tirar partido da situação. Roubos, banditismo e caos generalizado são grandes riscos para a segurança. Não há respostas fáceis, não podemos prever o que vai acontecer.”

Enquanto isso os rebeldes do M23 parecem ainda um tanto ou quanto indecisos acerca da retirada de Goma. Enquanto os militares chefiados pelo general Sultani Makenga disseram que os guerrilheiros já começaram a sair, a ala política do movimento declarou que não haverá retirada enquanto o governo não responder às suas exigências.
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