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Ratos gigantes ajudam a desminar Malanje


Treino de rato para detetar explosivos
Treino de rato para detetar explosivos

Os mamíferos roedores que podem ser encontrados em todo hemisfério sul de África, têm um o olfato admirável

Uma das tradicionais empresas estrangeiras de desminagem a trabalhar em Malanje, a Ajuda Popular da Noruega vai introduzir este ano em parceria com a APOPO, ratos gigantes gambianos de origem tanzaniana num projecto de um milhão de euros financiados pelo governo belga.

O programa, o primeira em Angola foi anunciado recentemente no sector do Quéssua, a 12 quilómetros a norte da cidade de Malanje, no centro de formação, detenção e desminagem onde 17 roedores foram apresentados às autoridades governativas locais, aos parceiros e jornalistas de diferentes órgãos de comunicação social.

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A cerimónia coincidiu com o início da formação de 15 adestradores de ratos, cujos mamíferos roedores que podem ser encontrados em todo hemisfério sul de África, têm um o olfacto admirável.

O instrutor da Associação de Cães de Detenção de Explosivos e Narcóticos da Califórnia (CNCS), Roger Abrantes garantiu que os animais estão treinados para detectar explosivos com TNT.

“Os ratos já foram treinados na Tanzânia para detectar explosivos, em princípio TNT é que eles detectam o ingrediente principal das minas que temos no solo aqui em Angola”, esclareceu acrescentado “associando um som, que é um daquele instrumento que nós chamamos um clica, associamos isso com amendoim.

“E depois começamos a ensinar ao rato a associar o cheiro do TNT com o clica, por exemplo, o rato encontra o cheiro do TNT, mete o nariz no buraco onde está o cheiro do TNT nós imediatamente demos um som clica e o rato vem a correr para nós para lhe darmos o amendoim”, concluiu.

Igualmente biólogo contratado pela organização APOPO (Desenvolvimento de Tecnologia de Detenção de Minas) disse que os animais podem ser treinados durante um ano dependendo das condições de cada, assim os primeiros 17 que estão em Malanje têm uma capacidade de farejar uma área correspondente a 4 a 6 campos de futebol.

Para o chefe adjunto da missão da Bélgica em Luanda, Benjamim Sturwagen o dinheiro gasto vai ajudar muitas famílias as aldeias a recuperar as áreas que perderam durante o conflito armado.

“Estamos a ver que isto não é uma piada, é a realidade estamos aqui a ver um projecto que vai ter um impacto directo nas comunidades locais que foram devastadas pelas piores consequências da guerra, que ainda tem aqui”, precisou o diplomata afirmando que o montante disponibilizado pelo país é muito.

Segundo ele, a Bélgica tem os mesmos problemas (Primeira Guerra Mundial) que Angola enfrenta e actualmente nas fazendas do “oeste do nosso país temos o mesmo problema, cada ano estamos a encontrar 250 mil de explosivos”.

A vice-governadora para o sector político e social da província de Malanje, Alice Van-Dúnem garantiu que o executivo local não cruzará os braços para acções que livrem a região das minas e outros engenhos explosivos não detonados.

“Nós estamos abertos, comprometemo-nos em dar todo o apoio possível as organizações que estarão presentes aqui ao nível da nossa província”, disse.

O governo norte-americano financia igualmente as acções de desminagem da Ajuda Popular da Noruega na província de Malanje.
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