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Botsuana abre linha de crédito para sector industrial do Zimbabué


Tendai Biti, ministro das Finanças do Zimbabwe
Tendai Biti, ministro das Finanças do Zimbabwe

O Banco Africano de Desenvolvimento, afirma que o Zimbabué necessita pelo menos de quatro mil milhões de dólares para recuperar o sector industrial

O Botsuana ofereceu uma linha de crédito de cerca de 70 milhões de dólares para reactivar o sector industrial do Zimbabué.

A linha de crédito agora anunciada regista-se na altura em que o Zimbabué não tem acesso às verbas do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.

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Segundo o Banco Africano de Desenvolvimento, o Zimbabué necessita pelo menos de quatro mil milhões de dólares em linhas de crédito para recuperar o sector industrial.

Falando no acto da assinatura da linha de crédito do Botsuana, o ministro das Finanças do Zimbabué Tendai Biti evocou os altos e baixos da economia do seu país.

“Em 1968 era o país mais pobre do mundo. Em 1996 era a segunda maior economia da SADC. Em 2012 estamos um pouco acima do Maláui, um pouco acima do Lesotho, e da Suazilândia”.

Biti tem criticado repetidamente as políticas do governo de ocupar os terrenos agrícolas dos brancos e entregar a maioria das acções das empresas estrangeiras aos zimbabueanos negros.

Tais políticas destruíram a produção agrícola e afugentaram os investidores. Como resultado, a economia tem-se debatido durante mais de uma década, e a divida externa é agora de cerca de dez mil milhões de dólares.

Biti sublinhou esperar que outros países sigam o exemplo do Botsuana de estender as linhas de crédito ao Zimbabué.

O Zimbabué não consegue obter créditos de entidades como o FMI e o Banco Mundial por não ter pago os empréstimos daquelas organizações desde há cerca de dez anos.

A linha de crédito do Botsuana está a ser financiada por bancos comerciais que obtiveram garantias do governo de Gaborone. Isto seguiu-se a um apelo dos dirigentes da SADC no sentido da disponibilidade de fundos para ajudar à recuperação das indústrias zimbabueanas.

O ministro das Finanças do Botsuana Kenneth Matambo indicou esperar que as empresas do seu país venham a beneficiar igualmente do acordo.

“Os dois governos assinaram um acordo bilateral de Investimento e Protecção para proteger os investimentos por parte dos nacionais e as empresas de ambas as nações. É importante que quando nacionais e empresas investem devem ser asseguradas que podem transferir livremente os dividendos para onde desejarem”.

Nos últimos anos os investidores internacionais no Zimbabué tem tido dificuldade na transferência dos dividendos para os seus países de origem.
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