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Kofi Annan lança-se no combate a droga na África Ocidental


Kofi Annan, considera ser tempo de travar os efeitos perversos da droga nos países da África Ocidental
Kofi Annan, considera ser tempo de travar os efeitos perversos da droga nos países da África Ocidental

Além do antigo secretário-geral da ONU a comissão de luta contra droga criada ontem no Gana tem outro pesado da região, o antigo presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo da Nigéria

O antigo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan criou uma comissão de combate ao tráfico de droga na África Ocidental, que aumentou significativamente nos últimos dez anos.

A comissão composta de 10 membros reuniu-se pela primeira vez, ontem em Acra, capital do Gana...

Kofi Annan criou a Comissão de Impacto do Tráfico de Droga no Governo, Segurança e Desenvolvimento da África Ocidental esta quinta-feira e disse que a região está a tornar-se cada vez mais num ponto de trânsito de drogas provenientes das Américas e da Asia com destino a Europa. Esta actividade ilegal ameaça no seu entender a estabilidade na região, e o consumo interno desses estupefacientes está aumentando.

“Temos assistido ao que acontece em outras partes do mundo onde a droga tem sido o factor de desestabilização de sociedade, da violência incrível e de um sistema de corrupção. E com certeza que não queremos que aconteça aqui e a ideia para nós é termos um olhar crítico, obter provas e recomendar medidas de acções.”

As drogas como a marijuana, cocaína e heroína são enviadas para a África Ocidental na sua destinação a Europa, disse ainda Kofi Annan. O Gabinete das Nações Unidas de Combate ao Crime e Droga indicou num relatório publicado o ano passado que o tráfico de cocaína na África Ocidental e Central gera anualmente 900 milhões de dólares.

O antigo presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo preside a comissão de 10 membros. Para ele os traficantes de droga que por sinal trabalham em colaboração com gangs de criminosos e organizações terroristas estão a tirar vantagens da instabilidade política e da ausência de instituições fortes na região.

“Ponto um, as instituições são fracas. Ponto dois, as pessoas são pobres, e três, a pressão é demasiadamente pesada… O Mali é um exemplo típico. A Guiné-Bissau por exemplo onde as instituições do governo são fracas e os barões da droga, aproveitam-se para tirarem vantagens."

O antigo secretário-geral da ONU, Kofi Annan disse que a comissão agora criada não irá actuar como uma força de polícia, mas irá lançar alertas, promover as capacidades locais e regionais com vista a combater o problema, assim como submeter aos líderes da região recomendações com medidas de acção a serem aplicadas.
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