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Eleições EUA: Relações com a China no centro do debate sobre política externa americana


Ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Yang Jiechi, e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, em Pequim (foto de arquivo)
Ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Yang Jiechi, e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, em Pequim (foto de arquivo)

Romney diz que se fôr eleito irá tomar medidas contra a China por "manipulação" dos seus câmbios

A política dos Estados Unidos para com a China tem jogado há várias décadas um papel importante nos debates presidenciais e isso continuou a ser verdade nas eleições deste ano.


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Com efeito, no primeiro debate da história a ser televisionado que se deu em 1960 entre Richard Nixon e John Kennedy a questão em debate foi o apoio a Taiwan então conhecida por Formosa.

Desta vez o debate centrou-se nas relações com a China particularmente o comércio. Tanto o presidente Barrack Obama como o candidato Republicano Mitt Romney concordam que a China precisa de obedecer ás regras internacionais do comércio mas têm diferenças sobre se os Estados Unidos devem ser mais agressivos nessa questão.

Mitt Romney disse que se for eleito irá classificar a China como um país manipulador da sua moeda o que ao abrigo da lei americana implica a aplicação imediata de sanções aos produtos chineses.

“Temos que dizer aos nossos amigos na China: vocês estão a jogar muito agressivamente. Isto não pode continuar,” disse Romney.

“ Vocês não podem continuar a manter baixo o valor da vossa moeda, a roubar os nossos direitos de autor, a falsificar os nossos produtos e a vende-los em redor do mundo mesmo nos Estados Unidos,” acrescentou

O presidente Obama opõe-se a que a China seja oficialmente considerada como manipuladora da moeda argumentando que os câmbios estão agora ao nível mais vantajosos para os exportadores americanos desde 1993.

“A China é tanto um adversário como um potencial parceiro na comunidade internacional se seguir as regras estabelecidas,” disse Obama.
“ A minha atitude quando cheguei á presidência foi a de que vamos insistir que a China obedeça às regras que todos os outros cumprem,” acrescentou

Os Estados Unidos têm obtido mais crédito da China do que de qualquer outro país. A China é o segundo parceiro comercial dos Estados Unidos e o ano passado o deficit comercial com a China foi de quase 300 mil milhões de dólares.

Durante a campanha eleitoral republicanos ou organizações que os apoiam colocaram anúncios na televisão e rádio acusando a administração Obama de ser responsável pela perca de centenas de milhar de postos de trabalho q quando fabricas mudaram-se para a China.

O presidente Obama respondeu que a sua administração duplicou o numero de queixas oficiais contra a China e acusa Mitt Romney de ter pessoalmente investido em companhias que transferiram a sua manufacturação para a China.

No que diz respeito aos direitos humanos Obama tem afirmado que a sua estratégia é a de pressionar a China a melhorar a situação dos direitos humanos mas sem envergonhar o governo chinês.

A administração Obama cita a libertação do dissidente cego Chen Guangcheng como um exemplo dessa política.

Mitt Romney diz contudo s que se for eleito irá adoptar uma posição mais dura sobre os direitos humanos na China e condenou a política governamental chinesa de permitir apenas um filho por casal

“Eu cortarei os fundos para o Fundo de População das Nações Unidas que apoia a política bárbara da China de uma só criança,” disse Romney

Ambos os candidatos concordam que os Estados Unidos precisam de expandir a sua influência na região da Ásia Pacífico para fazer face à subida de poder da China.

“Nós acreditamos que a China pode ser um parceiro, mas estamos também a enviar um sinal bem claro que a América é uma potência do Pacífico, que vamos ter uma presença nessa zona,” disse Obama que contudo não autorizou contudo a veda de aviões de combate F 16 a Taiwan.
Romney indicou que poderá fazer isso caso seja eleito.

“As pessoas olham para o empenho da América em redor do mundo, vêm o que se está a passar e pergunta: Continuará a América a ser forte? E a resposta é sim. Se eu for presidente a América será forte,” disse Romney
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