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UNITA suspende Muzemba, rejeita acusação de Kamalata Numa


Mfuka Muzemba
Mfuka Muzemba

Dirigente da JURA acusado de corrupção e de ter recebido subornos de Bento Kangambe

A UNITA suspendeu oficialmente o Secretário Geral da sua ala da juventude (JURA), Mfuka Muzemba e rejeitou acusaçoes de um dos seus destacados membros, Abílio Kamalata Numa, de que o seu presidente tinha violado os estatutos do partido ao rejeitar convocar um congresso extraordinário.

As decisões foram anunciadas em Luanda no final de uma reunião de dois dias da Comissão Política do Partido.

Num comunicado a UNITA disse que após uma sindicância interna tinham sido detectados “indícios de graves violações dos estatutos da UNITA e da JURA”.

Muzemba é acusado de ter usado de forma “abusiva e fraudulenta” o timbre e carimbo da um órgão da UNITA junto da embaixada de Portugal para obtenção de vistos de entrada em Portugal para “cidadãos estranhos à UNITA em troca de dinheiros”.

O agora suspenso secretário geral da JURA é também acusado de ter assumido “compromissos inconfessos” com o general Bento Kangamba “para inviabilizar a concretização dos objectivos da justa luta da juventude angolana em troca de benefícios pessoais”.

O comunicado não deu outros pormenores mas diz que Mfuka Muzemba é também acusado de “suborno, falsas declarações, abuso de poder e corrupção activa e passiva”.

A Comissão Política decidiu submeter os resultados da sindicância ao Conselho Nacional de Jurisdição que deverá decidir sobre os factos dentro de oito dias.

No que diz respeito às acusações de Kamalata Numa que o presidente do partido e a própria Comissão Política tinham violado os estatutos do partido por este se recusar a convocar um congresso extraordinário, a comissão rejeitou essa queixa.

“A Comissão Política é o órgão deliberativo do partido no intervalo dos congressos e as suas decisões são irrecorríveis,” diz o comunicado.

O comunicado revela que a UNITA vai organizar uma conferência nacional sobre o poder local e uma outra sobre a natureza e o papel das autoridades tradicionais
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