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UNITA responsabiliza MPLA e JES pela morte de militantes no Kwanza Sul


Nas suas jornadas parlamentares, deputados do Galo Negro dizem que tolerância política depende da vontade dos líderes do país a quem acusam de "vício do poder"

Deputados da UNITA reunidos no Uíge, nas terceiras jornadas parlamentares partidárias, condenaram o que disseram ser a falta de tolerância política por parte do partido no poder.

Estas declarações acontecem ao mesmo tempo que, num comunicado, a direcção do partido responsabilizava o MPLA e o presidente angolano pelo assassinato de três dos seus militantes no Cwanza sul.

Os três membros da UNITA, incluindo o secretário de um comité local, foram mortos quando se deslocavam para a aldeia de Etangua para participarem nas celebrações da fundação do partido.

No comunicado, o maior partido da oposição diz que os três militantes foram mortos numa emboscada levada a cabo por milícias do MPLA enquadradas na organização de defesa Civil.

A UNITA “acusa o MPLA na pessoa do seu presidente Engenheiro José Eduardo dos Santos” de sustentar essa organização que “em desrespeito da lei promove um clima de intimidação e terror no seio das populações”.

O secretario-geral do partido do Galo Negro, Vitorino Nhany, referiu novamente os actos de intolerância política contra os que pensam de forma diferente.

"Não se pode entender que 12 anos depois do calar das armas ainda se morre por ostentar uma determinada cor de camisola como aconteceu no Kwanza-Sul”, disse.

“Isto só depende de quem governa o país”, acrescentou Nhany para quem “a reconciliação nacional é possível se eles tiverem vontade patriótica e nacionalista".

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No encontro, a situação social no Uíge foi abordada pelo líder da bancada parlamentar, Raul Danda.

"A água que não existe, a luz que não quer acender, o tecto que foge, a comida que emagrece, o sofrimento que se agiganta a esperança que definha, é esta ainda a triste realidade que vamos vendo nos rostos apagados dos nossos irmãos aqui no Uíge", disse Danda.

As eleições autárquicas ocuparam parte da agenda de discussões, com o vice presidente da bancada parlamentar da UNITA, Adalberto Costa Júnior, a voltar a acusar o MPLA de falta de vontade política para que estas eleições se concretizem.

"O MPLA tem o vício do poder absoluto ao longo destes anos todos pós-independência e ainda não fez o exercício interno de democratização das suas próprias mentes”, disse Costa Júnior para quem essa “ dificuldade é evidente“ pelo modo como vão evitando a realização das eleições autárquicas que são muito importantes para resolução dos problemas das comunidades"

Gabriel Samy deputado pela UNITA e especialista em direito das autarquias manifestou a necessidade de se aprovar no parlamento o pacote autárquico que o seu partido já preparou.
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