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Presidenciais brasileiras: Segunda volta renhida opõe Dilma Rousseff a Aécio Neves


Brazil Presidential Election Results
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Dilma Rousseff segue para o segundo turno com uma vantagem menor que a prevista nas pesquisas de intenções de votos do primeiro turno.

A corrida presidencial brasileira recomeça esta semana, praticamente, da estaca zero, sem que seja possível apostar em um favorito para o segundo turno, marcado para o próximo dia 26.

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Dilma Rousseff, a presidente petista que disputa pela reeleição, apesar do expressivo índice de rejeição no país, parecia liderar com certa folga mas vive dias instáveis a partir de agora.

Dilma Rousseff segue para o segundo turno com uma vantagem menor que a prevista nas pesquisas de intenções de votos do primeiro turno. São cerca de sete pontos percentuais em relação ao vencedor do segundo lugar, neste domingo, Aécio Neves (PSDB).

No primeiro turno, com 100% das urnas apuradas, Dilma Rousseff ficou com 41,59% dos votos. Aécio Neves, com 33,55%. Marina Silva (PSB), com 21,32%.

Além do bombardeio de críticas de adversários e das mudanças de opiniões em questões polêmicas que derrubaram Marina Silva, dois cenários determinaram o resultado, deste domingo, favorável para Aécio e ameaçador para Dilma. "O primeiro deles foi o debate que teve maior audiência de todos, o da Rede Globo, no qual o Aécio se saiu muito bem nele. Em segundo lugar, uma mudança de estratégia de Aécio, na última semana, se colocando como o único candidato capaz de retirar o poder do PT, como sendo o mais capaz de enfrentar a presidente Dilma," explica o cientista político Malco Camargos.

Para o cientista político Oswaldo Dehon, as próximas pesquisas de intenções de votos já podem mostrar Aécio na dianteira, ou seja, a liderança de Dilma não tem mais garantias. "As campanhas e como esses candidatos vão enfrentar este momento, tudo isso vai impactar e vai dizer quem deve estar à frente agora no início segundo. É possível, tendo em vista esse crescimento de Aécio Neves, que ele possa aparecer agora nas primeiras pesquisas do segundo turno na frente da candidata Dilma Rousseff. Não é algo que se pensava antes do primeiro turno".

Dilma Rousseff foi mais votada em 15 estados, muitos do Nordeste. No sudeste, o grande destaque foi o segundo maior colégio eleitoral do país, Minas Gerais, há 12 anos nas mãos PSDB, de Aécio Neves. O tucano, no entanto, venceu em nove estados, sendo a que vitória mais expressiva foi em São Paulo.

Esses dois Estados, São Paulo e Minas Gerais, vão ser determinantes nesse segundo turno, como afirma o cientista político Eduardo Martins. "A campanha tem que começar logo. Verdade é que eles têm que conseguir muito combustível para este enfrentamento, porque São Paulo e Minas vão ser decisivos nesse processo do segundo turno".

A expectativa agora é grande em torno dos apoios para o segundo turno, da direção para onde devem migrar os votos de Marina Silva e das armas que cada lado tem.

No caso do PT, a aposta seria a força do ex-presidente Lula, que para muitos analistas já pode ter alcançado o seu limite máximo. Do lado dos tucanos, há o forte apoio da mídia brasileira os que devem surgir depois desse primeiro turno, como dos aliados da candidata derrotada Marina Silva.

O apoio de Marina pode também pesar na balança. Já estaria claro que não será para Dilma, resta saber se será para Aécio. Para analistas, se isso acontecer terá que ser de maneira muito discreta, para que a ex-senadora não caia mais ainda no descrédito por mudar de opinião.

Nas ruas, brasileiros, como Ananias Cardoso, acham que tudo pode acontecer neste segundo turno."Agora é uma caixa de surpresa, porque de um lado tem um nome de peso, que se despontou, surpreendeu. Ninguém diria que Aécio chegaria ao segundo turno, mas chegou. Do outro lado, tem a Dilma que é nome de peso. Falar algum coisa agora é "atirar no escuro", agora é uma briga "de cachorros grandes," afirma.

Ademir Pereira acredita que a eleição vai representar uma antiga luta de forças."Um vai a favor dos pobres e o outro a favor dos riscos, é por isso que será um campanha acirrada. Cada um tem o seu lado. O PSDB vai ajudar os ricos e o PT os pobres".

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