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Primeiro-ministro turco remodela governo devido ao escândalo de corrupção


Recep Tayyp Erdogan afastou dez ministros, alguns deles com familiares implicados num alegado escândalo financeiro que a oposição considera de manobra política do chefe do executivo contra potenciais adversários.

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan remodelou o seu governo depois da demissão de três ministros alegadamente implicados em cassos de corrupção.

O chefe do governo turco, substituiu dez ministros, uma decisão insuficiente para muitos turcos.

“Alguns dos ministros pediram a sua demissão por causa dos últimos desenvolvimentos, outros deixaram porque vão disputar as eleições municipais e outros ainda foram por minha decisão.”

O escândalo foi tornado público na semana passada. Entre dez ministros afastados, três deles são dados como estando no centro de um escândalo de corrupção. Trata-se dos ministros do Interior, da Economia, e do Ambiente. Os três negaram estar envolvidos no caso.

Os filhos dos três governantes foram detidos no decurso de uma investigação policial cuja lista incluiu o presidente de um banco público – o HalkBank.

A investigação da procuradoria-geral de Istambul durou dois anos e conclui com acusações de corrupção, branqueamento de capitais, tráfico de ouro e de pagarem subornos.

Ontem Recep Tayyp Erdogan voltou a denunciar uma conspiração em grande escala contra o governo e acusou implicitamente um antigo aliado, Fethullah Gulen atualmente radicado nos Estados Unidos da América. Gulen abandonou a Turquia em 1999 depois de ter sido acusado pelo então governo de complô para instaurar um Estado islâmico. Mais tarde foi ilibado das acusações e nunca mais regressou a Turquia, estando a viver actualmente na Pensilvânia.

Entretanto a remodelação de ontem do governo foi seguida de protestos de rua. Centenas de turcos concentraram-se nas cidades de Ancara, Istambul e Izmir para exigir a demissão do primeiro-ministro.

Nas ruas, a polícia teve de usar gás lacrimogéneo para dispersar uma manifestação com cerca de 5.000 pessoas nas ruas de Istambul que exigiam a demissão do primeiro-ministro.

Nesta reforma governamental foram substituídos os ministros do Interior, da Economia, do Ambiente, dos Assuntos Europeus, da Justiça, dos Transportes, da Família, do Desporto e da Indústria, e ainda o vice-primeiro-ministro.
Em Junho, o governo de Erdogan já tinha sido alvo de uma vaga de protestos sem precedentes.
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