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Turquia liberta 38 mil prisioneiros para aliviar as cadeias após golpe frustrado


Guarda prisional, Turquia (foto de arquivo)
Guarda prisional, Turquia (foto de arquivo)

Os aliados ocidentais da Turquia temem que o presidente turco, Tayyip Erdogan, esteja usando a repressão para visar dissidentes.

A Turquia vai libertar cerca de 38 mil prisioneiros como resultado da reforma penal anunciada, hoje, 17, num momento em que as prisões de dezenas de milhares de pessoas suspeitas de terem ligação com a tentativa de golpe de Estado do mês passado sobrecarregam as cadeias já lotadas.

A reforma, que estende um esquema de liberdade condicional já existente, é uma série de medidas delineada nesta quarta-feira em dois decretos sob a guarida do estado de emergência declarado após o golpe fracassado de 15 de julho, durante o qual 240 pessoas foram mortas.

Segundo reporta a Reuters, o governo não deu nenhum motivo para a reforma.

Os aliados ocidentais da Turquia temem que o presidente turco, Tayyip Erdogan, esteja usando a repressão para visar dissidentes.

Refutando com irritação as preocupações do Ocidente com a estabilidade da nação-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Nato), autoridades turcas dizem que estão extirpando uma ameaça interna séria.

Os decretos, publicados no diário oficial turco, também determinam a dispensa de mais 2.360 policias, mais de 100 militares e 196 funcionários da autoridade de informação e tecnologia da comunicação da Turquia, a BTK.

Os dispensados foram descritos como pessoas com laços com o clérigo muçulmano Fethullah Gulen, residente nos Estados Unidos, que Ancara acusa de ter orquestrado o golpe, durante o qual tropas rebeladas usaram tanques e caças na tentativa de derrubar o governo.

Gulen nega envolvimento no golpe.

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