Um carro-bomba explodiu na maior cidade do sudoeste da Turquia nesta sexta-feira, 4, matando, pelo menos, uma pessoa e ferindo mais de 40, disseram fontes da segurança.
Horas antes, a polícia deteve líderes do maior partido político da região de maioria curda.
A explosão ocorreu perto de uma esquadra em Diarbaquir, onde alguns líderes do partido estavam detidos para investigação de terrorismo. A explosão derrubou fachadas de prédios.
Segundo a Reuters, o ministro da Justiça, Bekir Bozdag, disse que policias e civis foram mortos.
A detenção de líderes do Partido Democrático dos Povos, pró-curdo, o segundo maior grupo de oposição no Parlamento, e dez dos seus parlamentares irá aumentar preocupações entre aliados do Ocidente sobre uma repressão mais profunda contra dissidentes do presidente Tayyip Erdogan.
A acção, que gerou condenação imediata da União Europeia (EU), acontece à medida que a Turquia deteve ou suspendeu mais de 110 mil funcionários públicos, após uma tentativa fracassada de golpe em julho, pondera a reintrodução da pena de morte e dias após prisão de jornalistas de um dos principais jornais da oposição.
A chefe de política externa da UE, Federica Mogherini, escreveu no Twitter que está "extremamente preocupada" com as prisões e disse ter convocado um encontro com embaixadores da UE em Ancara.