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Da troca de bilhete por emprego a protestos contra Temer


Parque Olímpico, Rio de Janeiro
Parque Olímpico, Rio de Janeiro

Outras estórias do Rio-2016

Os Jogos Olímpicos Rio-2016 caminham para o seu fim e muitas estórias começam a ganhar espaço na imprensa. Pelas ruas, nos bares e restaurantes, nos estádios, descobrem-se factos interessantes, como o de um primo de um dos maiores desportistas cubanos e mundiais que hoje defende a bandeira de um distante país ou as críticas do juiz da operação Lava Jato ao comportamento dos adeptos brasileiros. Mas também há um medalhista de ouro de 58 anos.

Procura por bilhetes
Procura por bilhetes

1. Um brasileiro de Seropédica, no Rio de Janeiro, ofereceu no Facebook o bilhete para a final do torneio olímpico deste sábado, 20, entre Brasil e Alemanha em troca de um emprego.

Condutor e segurança, Regis Oliveira,de 25 anos de idade, perdeu o emprego há três meses e desde então tem enviado o seu curriculum vitae a muitos lugares, mas sem resposta.

Foi então que ele decidiu “usar” um dos bilhetes que comprou por 250 reais, cerca de 80 dólares, há algum tempo.

“Achei que seria uma forma chamativa de atrair pessoas que tenham interesse em ajudar”, disse à imprensa, justificando assim o seu post, adiantando ter recebido mais de 50 mensagens, de “gente disposta a me ajudar sem nem querer o bilhete em troca”.

Bandeira do Azerbaijão.
Bandeira do Azerbaijão.

II. Javier Sottomayor é nome “maior” e herói do desporto cubano e mundial. Bicampeão mundial no salto em altura ao ar livre e tetracampeão mundial em pista, além de vários outros títulos, foi medalha de ouro em 1992, em Barcelona, e desde 1993 mantém o recorde mundial após ter atingido a marca de 2m e 45 cm.

O apelido chamou a atenção no Rio de Janeiro, curiosidade que aumentou quando se descobriu que Lorenzo Sottomayor compete pelo … Azerbaijão. É assim mesmo, Lorenzo, filho de um primeiro de Javier, nasceu em Cuba, mas decidiu abandonar a ilha caribenha e defender outra bandeira, por sempre ficar em segundo lugar.

No domingo, o "Muhammad Ali do Azerbaijão", como é conhecido no país, lutará pela medalha de ouro em boxe, da categoria de peso meio-médio ligeiro (até 64 quilos), contra Fazliddin Gaibnazarov, do Uzbequistão. Mas Lorenzo já disse que não esquece Cuba porque tudo ele deve ao seu país.

Medalha de ouro
Medalha de ouro

III. Ganhar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos aos 58 anos é obra. O britânico Nick Skelton conquistou nesta sexta-feira, 19, no hipismo. Em Londres, ele tinha conquistado o ouro com a equipa da Grã-Bretanha.

Em 2000, depois de ter caído do cavalo e partido o pescoço em dois lugares, Skelton, tinha anunciado a reforma do desporto, mas hoje, feliz, concluiu “É bom ser o mais velho, esperei por muito tempo”.

Wayde Van Niekerk
Wayde Van Niekerk

IV. O atleta sul-africano Wayde Van Niekerk, de 24 anos, que bateu o recorde mundial de 17 anos do americano Michael Johnson nos 400 metros rasos, anunciou a sua próxima luta: ser um exemplo para outros atletas na luta contra o doping no desporto

Em entrevista à agência France-Presse Van Niekerk garantiu ter corrido “limpo” e que, no momento em que existem tantos escândalos de doping, ele quer lutar para que os jovens atletas resistam à tentação de consumir produtos para melhorar a sua capacidade física.

Sérgio Moro, juiz brasileiro
Sérgio Moro, juiz brasileiro

V. Muitos brasileiros começam a dizer que o juiz Sérgio Moro, encarregue da operação Lava Jato, e que tem colocado muita gente poderosa na prisão devido a corrupção, está a falar demais. Agora, ele apontou o dedo ao comportamento da “torcida” brasileira, que também tem sido alvo de fortes críticas de atletas, dirigentes e da imprensa internacional. Até do president do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach.

“Não é um comportamento ético, nem político”, disse Moro numa palestra na quinta-feira, 18, em Curitiba, e afirmou ter ficado ficou desapontado com a torcida brasileira que apupou equipas e atletas de outros países.

Protestos contra o Presidente brasileiro Michel Temer, Rio de Janeiro
Protestos contra o Presidente brasileiro Michel Temer, Rio de Janeiro

VI. Nas ruas do Rio de Janeiro, é cada vez mais visível a presença de pessoas com dísticos e adesivos em que se pode ler “fora Temer” e "não há golpe no Brasil" em protesto contra o Presidente interino. Aliás, Temer, que não estará na cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos este domingo, 21, já anunciou que marcará presença na abertura dos Jogos Paralímpicos, no dia 7. O Presidente interino dá, assim, por garantido o afastamento definitivo da Presidente afastada Dilma Rousseff, cujo julgamento da impugnação no Senado deve acontecer no dia 27 de Agosto.

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