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Nervosismo e alarme no sul de Angola


Acusações e contra acusações levam população a precaver-se contra possivel violência. UNITA diz que não há razões para alarme.

Em algumas zonas rurais do sul de Angola está a registar-se algum nervosismo e incerteza causados por receios de violência na sequencia da queixa criminal apresentada pela UNITA contra o Presidente José Eduardo dos Santos.


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A UNITA acusou Eduardo dos Santos de ter cometido sete crimes durante o processo eleitoral, entre os quais, crimes de traição à Pátria, excesso de poder, sabotagem, falsificação dos cadernos eleitorais e actas de apuramento dos resultados eleitorais, impedimento abusivo do exercício de direitos políticos dos cidadãos, bem como crimes de falsificação do escrutínio e de uso de documentos falsos.

Três dias depois da entrada da queixa-crime ao ministério público, o Secretariado do Bureau Político do MPLA manifestou a sua repulsa, alegando que maior partido na oposição pretende com este facto inviabilizar as instituições do Estado.

Recentemente, os órgãos de comunicação social do Estado disseram que num recnete discurso no Kuando Kubango o presidente da UNITA Isaias Samakuva, teria afirmado que seu partido possuía ainda armas em arrecadação e poderiam ser usadas em momentos próprios. Isto foi desmentido categoricamente pela UNITA.

Alcides Sakala, porta-voz da UNITA, disse à Voz da América que tudo isso não passa de mera propaganda do MPLA, para desviar as atenções da queixa-crime que o seu partido apresentou contra Eduardo dos Santos.

Há contudo siais de insegurança em algumas zonas.

Populares disseram à VOA que em zonas rurais como municípios de Balombo e Bocoio, província de Benguela, algumas pessoas estão a armazenar alimentos e sal como medida preventiva.

A mesma realidade é vivida em Cuangar e Calay, província do Kuando Kumbango, onde alguns populares fizeram preparativos para atravessarem o rio para se refugiarem na república vizinha da Namíbia em caso de necessidade..

Em declarações a Voz da América, o analista politico, Ângelo Kapwatcha, acusou a imprensa pública de estar a promover a violência.

“ O fomentador de guerra é mesmo o Jornal de Angola e a Televisão Publica de Angola ao transformarem um Estado de direito como se fosse um Estado de sítio, como se fosse uma sociedade sem Estado,” disse.

A maior força política na oposição angolana diz não haver motivos de alarmes.
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