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Tráfico de vagas escolares em Luanda


Cada aluno tem que pagar quinhentos dólares para garantir matrículas

Com o começo do ano escolar os “traficantes de vagas” estão a exigir centenas de dólares para estudantes se poderem matricular no ensino secundário e apesar de denúncias contínuas as autoridades nada fazem para impedir o crime.

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Várias familiares terão os seus educandos fora do sistema de ensino por não terem dinheiro para as matrículas. Cidadãos denunciaram à Voz da América que para matricular o seu filho no ensino médio as instituições cobram mais de 50 mil Kwanzas, cerca de 500 dólares norte americanos.

O director provincial da Educação em Luanda, André Soma, tinha prometido anteriormente que quem fosse apanhado a traficar vagas seria responsabilizado, mas até ao momento ninguém ainda foi punido.

Jornais, rádios e sites na Internet têm denunciado constantemente instituições escolares que cobram cerca de 500 dólares para matricular um candidato ao ensino secundário, que a constituição afirma ser algo gratuito.

Margarida Domingos afirma que foi confrontada com esta realidade quando foi matricular o seu educando numa das instituições.

“Fui matricular o meu irmão no Instituto Medio de Medicina e me estão a cobrar 50 mil kwanzas, eu não tenho este dinheiro”, disse.

Outra encarregada de educação que preferiu o anonimato disse que as matrículas para os educandos estão cada vez mais difíceis.

“Na verdade as vagas estão muito difíceis”, realçou.

De recordar que este comportamento repete-se todos os anos e os cidadãos apontam o dedo aos directores das escolas como promotores destes actos, criando dificuldades às inscrições de novos candidatos, priorizando famílias com maior poder económico.

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