Os trabalhadores da empresa pública de transportes colectivos de Luanda TCUL aguardam pela reestruturação anunciada pelo Conselho de Administração mas desconhecem se o processo leva a redução do pessoal.
A decisão foi revelada durante as negociações que puseram fim, na semana passada, a um mês de greve em protesto por nove meses de salários em atraso.
O secretário-geral adjunto da comissão sindical de trabalhadores da TCUL Domingos Epalanga diz desconhecer os pormenores da reestruturação já que o sindicato não foi informado e, por isso, não sabe se haverá diminuição do pessoal ou se esse processo vai apenas capacitar a empresa para prestar um melhor serviço.
“Não se fala de despedimento mas receia-se despedimento, o que espero que não aconteça”, diz Epalanga, que revela estar “curioso sobre o processo”.
A greve foi levantada depois de uma reunião entre a comissão sindical, o Conselho de Administração da TCUL e o Instituto Nacional de Transportes Rodoviários, em que se comprovou que havia dinheiro na conta da empresa para pagar os trabalhadores.
Com o acordo, a empresa já trabalha na plenitude, mas os trabalhadores ainda não receberam os salários em atraso.
“Os salários não estão nas nossas contas, mas na empresa, tendo os técnicos dito que o processamento leva algum tempo”, adiantou aquele sindicalista.
De recordar que está é a greve longa nos últimos 10 anos.
A VOA tentou contactar a direcção da empresa mas sem sucesso.