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TAP confirma "ordens superiores" para embarcar sírios em Bissau e ministro guineense demite-se


O presidente da TAP confirma que houve pressão política para que o avião da companhia descolasse esta semana com refugiados da Síria. Fernando Pinto diz que a situação foi "muito grave" e defende que para reabrir a rota de haver garantia por parte das autoridades locais de que episódios como este não voltam a acontecer.

"O aeroporto tem de oferecer uma condição de conforto para a empresa. Nós não podemos ser obrigados a embarcar pessoas que claramente têm problemas de passaporte, de nacionalidade", afirmou o presidente à margem da conferência da Star Alliance, que reuniu os presidentes das 27 companhias aéreas que compõem esta aliança.

No voo que chegou a Lisboa na madrugada de 10 de Dezembro, a companhia aérea confirma que sofreu pressão para deixar embarcar alguns refugiados provenientes da Síria e que detinham passaportes falsos ou pertencentes a outra pessoa.

"Vieram ordens superiores para embarcar se não o avião ficaria retido", explicou Fernando Pinto.

Na sequência desse caso, o ministro guineense dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional Fernando Delfim da Silva entregou esta sexta-feira, 13, ao presidente do Governo de transição uma carta com o seu pedido de demissão. Fonte do Ministério do Interior disse à Voz da América, em Bissau, que foram suspensos todos os agentes que estavam em serviço no dia 10 de Dezembro até a conclusão do inquérito instaurado pelo Gvoerno.
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