A primeira-ministra dissolveu o parlamento e anunciou novas eleições para inícios do próximo ano. Mas a decisão não é suficiente para acalmar o clima de tensão política, quando mais de 150 mil pessoas permanecem nas ruas da capital exigindo a sua demissão.
Depois de mais de um mês de protestos anti-governamentais na capital tailandesa, Yingluck Shinawatra anunciou hoje a dissolução do parlamento e a marcação de novas eleições que poderão ter lugar a 2 de Fevereiro.
Numa breve mensagem difundida pela televisão nacional Shinawatra reconheceu haver uma larga oposição ao seu governo e afirmou que as autoridades não desejam assistir a mais perdas de vidas humanas. Adiantou também que depois de ouvir ambos os lados da crise, decidiu requerer ao rei a dissolução do parlamento.
A primeira-ministra realçou contudo que o seu governo vai manter-se em funções, com poderes limitados. O seu partido pretende, por sua vez, que a mesma seja candidata nas novas eleições a ter lugar a 2 de Fevereiro.
Esta dissolução do parlamento está longe de acalmar a situação. Os manifestantes continuam a exigir o afastamento imediato da primeira-ministra.
Um dos manifestantes que marchavam hoje em direcção a sede do governo após o anúncio de Yingluck Shinawatra, disse que não estão satisfeitos com a dissolução do parlamento e que a primeira-ministra deve demitir-se e abandonar o país.
A oposição rejeitou várias vezes a ideia de novas eleições e afirmou que deseja a mudança do sistema político. O seu líder, um antigo primeiro-ministro adjunto, exigiu que o governo eleito fosse substituído por um executivo definido por um “conselho do povo”.
Esta instabilidade na Tailândia tem a sua génese nos anos anteriores e durante o mandato do irmão da actual primeira-ministra. O bilionário Thaksin Shinawatra, apesar de viver no estrangeiro fugindo à pena de prisão por corrupção, tem apoiado desde 2001 partidos que sempre ganham as eleições, com os votos da população rural e da classe trabalhadora.
Observadores sempre qualificaram as eleições de livres e justas mas a oposição, na sua maioria a classe média e membros da elite real, contesta a influência do antigo primeiro-ministro e da sua família por achar que usam dinheiro para ganhar as eleições e enriquecer-se, uma vez instalados no poder.
A imprensa local reporta, no entanto, que o descontentamento também está em crescendo entre as forças armadas tailandesas. Os generais já assumiram o poder 18 vezes e a última foi em 1932 quando puseram fim a monarquia absoluta. Apesar de garantias dos líderes militares de que esta última crise não conduz a um golpe de Estado, poucos são os tailandeses que põem de parte esta possibilidade.
Depois de mais de um mês de protestos anti-governamentais na capital tailandesa, Yingluck Shinawatra anunciou hoje a dissolução do parlamento e a marcação de novas eleições que poderão ter lugar a 2 de Fevereiro.
Numa breve mensagem difundida pela televisão nacional Shinawatra reconheceu haver uma larga oposição ao seu governo e afirmou que as autoridades não desejam assistir a mais perdas de vidas humanas. Adiantou também que depois de ouvir ambos os lados da crise, decidiu requerer ao rei a dissolução do parlamento.
A primeira-ministra realçou contudo que o seu governo vai manter-se em funções, com poderes limitados. O seu partido pretende, por sua vez, que a mesma seja candidata nas novas eleições a ter lugar a 2 de Fevereiro.
Esta dissolução do parlamento está longe de acalmar a situação. Os manifestantes continuam a exigir o afastamento imediato da primeira-ministra.
Um dos manifestantes que marchavam hoje em direcção a sede do governo após o anúncio de Yingluck Shinawatra, disse que não estão satisfeitos com a dissolução do parlamento e que a primeira-ministra deve demitir-se e abandonar o país.
A oposição rejeitou várias vezes a ideia de novas eleições e afirmou que deseja a mudança do sistema político. O seu líder, um antigo primeiro-ministro adjunto, exigiu que o governo eleito fosse substituído por um executivo definido por um “conselho do povo”.
Esta instabilidade na Tailândia tem a sua génese nos anos anteriores e durante o mandato do irmão da actual primeira-ministra. O bilionário Thaksin Shinawatra, apesar de viver no estrangeiro fugindo à pena de prisão por corrupção, tem apoiado desde 2001 partidos que sempre ganham as eleições, com os votos da população rural e da classe trabalhadora.
Observadores sempre qualificaram as eleições de livres e justas mas a oposição, na sua maioria a classe média e membros da elite real, contesta a influência do antigo primeiro-ministro e da sua família por achar que usam dinheiro para ganhar as eleições e enriquecer-se, uma vez instalados no poder.
A imprensa local reporta, no entanto, que o descontentamento também está em crescendo entre as forças armadas tailandesas. Os generais já assumiram o poder 18 vezes e a última foi em 1932 quando puseram fim a monarquia absoluta. Apesar de garantias dos líderes militares de que esta última crise não conduz a um golpe de Estado, poucos são os tailandeses que põem de parte esta possibilidade.