Rafael Branco Enfrenta Tormenta Eleitoral

O primeiro-ministro santomense rejeitou as acusações de que teria assinado acordos danosos com as companhias petrolíferas de Angola e de Portugal para a exploração do petróleo santomense.
A denúncia foi feita ontem por um antigo dirigente santomense que acusou o Rafael Branco de ter firmado alegados acordos secretos com a SONANGOL e a GALP que iriam explorar o petróleo santomense em benefício desses países, e não do arquipélago.
Numa altura em que a campanha eleitoral ganha corpo, as denúncias de alegados actos corruptos do governo vão sendo pouco a pouco revelados.
Foi assim que , terça-feira, à noite, durante um debate televisivo, o antigo ministro da economia, e actual presidente da associação de economistas santomenses, decidiu acusar o primeiro-ministro Rafael Branco de práticas de corrupção e de favoritismo as companhias petrolíferas de Angola e Portugal.
Teotónio Torres fez alusão a um acordo alegadamente secreto, entre o governo santomense prejudicial aos interesses do arquipélago. A denúncia de Torres terá colado o país em estado de alerta, e sobretudo numa altura em que os partidos dão o seu maior na caça de voto.
O procurador-geral da República, Roberto Raposo, prometeu na ocasião dar início a investigações judiciais. Quem não também não esperou para reagir, foi o acusado. O primeiro-ministro Rafael Branco, foi categórico no seu encontro ainda esta tarde em São Tomé com os jornalistas.
Rafael Branco não perdeu por isso oportunidades para esclarecer o que existe em matéria de cooperação ou senão de negócios envolvendo o estado santomense e as demais empresas petrolíferas citadas na acusação.
Rafael Branco Enfrenta Tormenta Eleitoral
Irresponsabilidade é este substantivo actualmente empregue pelos demais políticos nas acusações as vezes recíprocas neste período de campanha, onde o fito é obter o favoritismo eleitoral.
Contudo, a opinião pública esclarecida em São Tomé, não deixa de evocar a existência de um clima de tensão entre os principais actores políticos, podendo ser alegadas denuncias de corrupção como mais um arremesso da campanha eleitoral.