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Sudão do Sul: A mais jovem nação do mundo


Milhares de pessoas saudaram o nascimento da República do Sul do Sudão
Milhares de pessoas saudaram o nascimento da República do Sul do Sudão

Os EUA reconheceram formalmente a nova República no dia da sua independência

O Sudão do Sul é a mais nova nação do mundo. A cerimónia da independência decorreu, hoje, em Juba, a capital do novo país.Uma multidão calculada em vários milhares de pessoas exultou quando soldados içaram a bandeira do Sudão do Sul e arrearam a do Norte.
Os EUA reconheceram formalmente a República do Sul do0 Sudão no dia da sua independência. O presidente Barack Obama afirmou, num comunicado da Casa Branca, no sábado, estar “orgulhoso” em fazer o reconhecimento diplomático do novo país, comentando que a independência do Sudão do Sul “constitui uma conquista histórica” que mostra que é possível “ver a claridade de uma nova alvorada depois da guerra”.
Por seu lado, A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, que representou os EUA durante a cerimónia da independência, advertiu que a independência do Sul do Sudão, sendo um acontecimento histórico não se pode esquecer que a nova nação está numa situação frágil e com muitos problemas.
As declarações de Rice reflectem a atitude cautelosa da administração Obama sobre a independência que ocorre numa altura em que permanecem por resolver muitas questões do acordo de paz, celebrado em 2005, entre o Norte e o Sul.
Numa conferência de imprensa, aqui em Washington, na quinta-feira, antes da sua partida, Rice sublinhou essas questões ainda por resolver, nomeadamente a disputa sobre a região de Abyei e doutras zonas fronteiriças; a questão de cidadanias nessas regiões; e a necessidade de formação de um mecanismo para se compartilhar os rendimentos do petróleo entre os governos de Cartum e da nova República do Sudão do Sul.
Susan Rice e António Monteiro
Disse Susan Rice: “Nós acreditamos que as duas partes têm que resolver urgentemente estas questões. Enquanto se negoceia isso, é vital que ambas as partes cooperem nas questões do petróleo e cidadania para se evitar problemas económicos ou instabilidade social. Permitir que estas questões, incluindo o estatuto final de Abyey, fiquem sem resolução poderá ser um motivo de rápida de desestabilização do futuro das relações entre os dois países”.
O embaixador António Monteiro, que vice-presidente da Missão de Observação da ONU durante o referendo sobre independência, representou Portugal, descreveu o ambiente que se viveu em Juba. Aquele diplomata sublinhou a importância do discurso feito pelo presidente do novo país, Salva Kiir, “um discurso muito lúcido”, chamando a atenção para as dificuldades que se perfilam no futuro imediato e sublinhando o facto de “a independência não resolver os problemas e que há limitações de meios, que há expectativas que poderão não ser preenchidas”.

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