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Sindicatos angolanos exigem salário mínimo de 50 mil kwanzas


Sindicatos querem 50 mil kwanzas de salário mínimo
Sindicatos querem 50 mil kwanzas de salário mínimo

Governo anunciou actualização salarial, mas não avançou percentagens.

Sindicatos angolanos defendem um salário mínimo superior a 50 mil kwanzas, valor antes correspondente a 50 dólares norte-americanos, em resposta ao anúncio do incremento dos salários na função pública em 2017, feito pelo ministro da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, António Pitra Neto.

Para os sindicatos, nem mesmo um incremento salarial na ordem de 4%, conforme se cogita em alguns círculos laborais, dá resposta aos anseios de uma classe trabalhadora confrontada com a queda do poder de compra.

“O salário mínimo, pelo menos na construção, é de 16.820 kwanzas. Se fizermos uma análise do que os trabalhadores gastam, podemos dizer que não satisfazem as suas necessidades em pelo menos 15%. Os nossos levantamentos dizem que nem um aumento entre 3 a 5% chega para qualquer coisa’’, denuncia o secretário-geral do Sindicato da Construção e Habitação de Benguela, Albano Caley.

Por seu turno, o presidente da Federação dos Sindicatos da Educação, José Laurindo, lembra que o debate sobre este assunto envolve três partes, mas sublinha que os 50 mil kwanzas, o triplo do salário mínimo actual, servem de base.

“É uma situação que envolve Governo, empresários e organizações sindicais. As nossas metas apontam para 50 mil kwanzas, tendo em conta as necessidades alimentares e outras não menos importantes’’, sublinha Laurindo.

Sem avançar percentagens, o ministro Pitra Neto, que falava à saída da sessão parlamentar que aprovou a proposta de Lei do Orçamento Geral de Estado para 2017, revelou que as mexidas nos salários terão como base uma diferenciação salarial.

O aumento, segundo o governante, terá em conta as remunerações de menor expressão.

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