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Seca continua no Namibe


Algumas zonas da província estão sob ameaça de fome

As comunidades do interior da província do Namibe poderão enfrentar a pior crise alimentar de todos os tempos, devido à irregularidade de chuvas, que pela terceira vez, neste ano, voltou a assolar a província, comprometendo a expectativa da campanha agrícola.
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Os Municípios do Camucuio, sobretudo nas zonas limítrofes às províncias de Benguela e Huíla, no interior do município da Bibala e Virei, assim como a sul do Município do Tombwa são as localidades onde neste momento já se fazem sentir os efeitos da escassez de chuvas, relegando as comunidades ao terceiro ano consecutivo de estiagem prolongada.

Os tradicionais criadores de gado que nos últimos dois anos abandonaram o seu domicílio à procura de pasto noutras paragens para assegurar a manutenção da vida dos animais, apesar da vontade de regressar, mantêm-se nas terras longínquas, temendo o extermínio do seu gado, muitos destes animais herdados de seus ancestrais, por via sucessora.


O Administrador do Município do Camucuio, Manuel Sombo, confirma esta realidade, mas também deixa alguma expectativa que tem a ver com a promessa do governo da província, através do sector da agricultura em abrir alguns furos de água nas zonas onde há pasto para assegurar o regresso destes criadores de gado, que na opinião do governante, muita falta fazem as suas zonas de origem.

A fome eminente é uma outra preocupação que se levanta em torno das irregularidades de chuvas na circunscrição da Província do Namibe.


A propósito, alguns sobas queixam-se da falta de apoios das autoridades governamentais afins em motobombas, porque, segundo o soba da localidade da Cacanda, Município da Bibala, João Kangolovia, permitiria através de furos artesiano alguns membros de famílias devidamente organizados em associações de camponeses poderem redimir-se da fome, fazendo agricultura de subsistência familiar.


A experiência do passado demonstrou que nem sempre os apoios vindos do governo central, direccionados as comunidades sinistradas chegam a população alvo.

Em Junho do ano transacto, a operação dirigida pelo Ministro da Reinserção, Social João Baptista Kussumua e pelo Ministro da Agricultura, Pedro Canga, colocou a disposição das comunidades sinistradas pela estiagem no Namibe, 113,2 toneladas métricas e os sobas das localidades afectadas reclamaram o descaminho dos referidos produtos por não terem chegado á população destinatária, atribuindo responsabilidades as autoridades locais do estado encarregues pela distribuição.

Muitos admitem que este ano, os autóctones poderão enfrentar a pior crise alimentar de todos os tempos, apelando por isso, medidas antecipadas do governo, visando mitigar o sofrimento desta população, por si já vulnerável.
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